O vice-líder da oposição, deputado federal Maurício Marcon (PL-RS) se exaltou nesta quarta-feira (10), no plenário da Câmara dos Deputados, durante a discussão da reforma tributária. De forma revoltada, o parlamentar criticou a proposta e disse que é mais uma medida do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para “aumentar impostos”.
“Pergunta aos parlamentares se alguém acredita que a reforma do PT vai diminuir imposto? Porque o que a gente só votou nesse um ano e meio de governo do PT foi só aumentar imposto. A reforma do PT é só aumento de imposto. Chega! A população não aguenta mais”, alertou o deputado.
Marcon também denunciou que alguns deputados “vão receber emendas” para votar essa “desgraça”. “Não tem vergonha? Dormem tranquilo?”, questionou.
“A cervejinha vai aumentar, a carne vai aumentar e o pobre vai ser ferrar”, complementou.
Por fim, Marcon cobrou mais tempo para debater a reforma tributária, de modo que os deputados possam conhecer melhor o projeto em discussão. “Ninguém leu o projeto, ninguém sabe nada. Tira de pauta, vamos estudar e depois votar”, disse.
Nesta quarta-feira (10), líderes da oposição e da minoria se pronunciaram contra as propostas apresentadas no âmbito da regulamentação da Reforma Tributária que, segundo os parlamentares, não se trata de “reforma”, mas de “aumento de imposto” que usa o “modelo soviético” de “centralização”.
O texto foi protocolado durante a madrugada e tem previsão de ser debatido pelo menos até quinta (11), com mais de 800 emendas já apresentadas pelos parlamentares.
A oposição tentou retirar a proposta de pauta, mas o pedido foi rejeitado por 309 votos a 139.
A proposta em análise no Plenário define regras para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), todos previstos na Emenda Constitucional 132.