A Petrobras divulgou nesta sexta (28) que
aprovou uma nova política de dividendos que limita os pagamentos a 45% do fluxo
de caixa livre, antes um limite de 60% desconsiderados os investimentos, quando
a dívida ficava abaixo de US$ 65 bilhões.
Segundo o comunicado publicado no site da estatal (veja na íntegra), a Petrobras incluiu ainda a recompra de ações como uma opção para recompensar os acionistas. A empresa diz que manterá os pagamentos mínimos de US$ 4 bilhões por ano desde que o preço médio do petróleo tipo Brent esteja acima dos US$ 40 por barril.
“Essa inclusão da recompra na Política [de
Remuneração] busca alinhar a Petrobras às suas principais pares internacionais,
que vêm realizando robustos programas de recompra de ações, em complemento ao
pagamento de dividendos”, disse a estatal no comunicado.
A mudança na Política de Remuneração foi feita após a companhia revisar “elementos estratégicos” do Plano Estratégico 2024-2028, que incluiu um aumento nos investimentos em projetos de baixo carbono e a busca por novas jazidas de petróleo e gás nos próximos cinco anos. No entanto, manteve a remuneração trimestral dos acionistas.
As novas regras de remuneração dos acionistas
passam a valer a partir dos resultados do segundo semestre, que devem ser
discutidos na próxima semana.
Em meados de março deste ano, a Petrobras emitiu um documento em que admitia a investidores a possibilidade de revisar a política de distribuição de dividendos, fortemente criticada por lideranças petistas desde a campanha eleitoral do ano passado.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, chegou a classificar os valores como “indecentes”, enquanto que o ministro Rui Costa, da Casa Civil, classificou como um “Papai Noel distribuindo brinquedos no final do ano”.