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Nunca houve tantos milionários no Brasil como no governo Bolsonaro

Nunca houve tantos milionários no Brasil como no governo Bolsonaro
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Foram necessários apenas três anos para o número de pessoas ricas aumentar de forma desproporcional no Brasil, revela dados da Folha de S. Paulo. Ao mesmo tempo, o país também alcançou números alarmantes de pobreza no mesmo período, ou seja, durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Agora o número de milionários é recorde.

Leia também: Vale-gás ajuda as famílias em situação de pobreza com R$ 100

De janeiro de 2019 a dezembro de 2021, o país registrou 2,1 milhões de pessoas com rendimentos anuais acima de R$ 1 milhão (1% da população). Desses, 562 mil são novatos na categoria enquanto 62,5 milhões de brasileiros amargaram na pobreza no mesmo período. O número representa 29,4% da população do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Isso significa, na prática, que o governo vigente deixará um legado de mais desigualdade social no país. A questão deve ser trabalhada nos próximos e, inclusive, já apareceu como pauta prioritária durante a campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Recorde de milionários: como era com Lula e Dilma?

Os dados apresentados pelo jornal também trazem a comparação com governos anteriores. Por exemplo: entre 2003 e 2014, que é o período que compreende os dois mandatos de Lula e o primeiro de Dilma, os brasileiros com mais de R$ 1 milhão em rendimentos passaram de 18,5 mil para 29,8 mil. Naquela época, os milionários estavam concentrados nos estados de SP, RJ, MG, RS e PR. Esse contingente representava 0,1% da população na época.

Com o impeachment da ex-presidente Dilma em 2016, o número passou a aumentar. Isso porque tanto o ex-presidente Michel Temer – que a sucedeu – quanto Bolsonaro conduziram políticas pró-mercado, reduzindo esforços de políticas públicas voltadas à redução da pobreza e para o apoio da população média.

Quais estados mais ganharam milionários?

Entre os anos 2019 e 2021, por exemplo, os estados de RR e RO foram os que mais contabilizaram novos milionários, com 1.588 e 10.147, respectivamente. Eles registraram as maiores taxas de crescimento, de 67% e 63%.

As maiores altas foram em TO (59%), MT e SC (55%), PA (51,5%), GO e MA (48,5%). Como visto, houve um aumento no número de milionários pelo interior do país. Apesar disso, a maior concentração continuou em SP (780.619), RJ (226.254), MG (189.785), RS (161.858), PR (156.870) e SC (103.378), totalizando 78%.

Para os analistas de mercado, esse crescimento está atrelado à expansão da fronteira agrícola brasileira, que interiorizou a fortuna relacionada a esse setor. Com esse movimento, marcas de luxo conseguiram diversificar as suas vendas, antes concentradas no eixo Rio-São Paulo.

Cientistas políticos consideram que a nova geografia da riqueza, concentrada em locais do agronegócio, ajuda a explicar o fortalecimento do conservadorismo nesses estados, que culminou na preferência por Bolsonaro nas eleições deste ano, com exceção do Maranhão, que preferiu Lula.

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