Lula diz que aprovação da reforma ocorreu sob “divergências” do Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu neste sábado (16) que a aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados na noite de sexta (15) ocorreu em um Congresso rachado por “divergências” entre parlamentares da base e da oposição. O projeto passou, em segunda discussão, com 371 votos favoráveis, mas com muitos questionamentos de deputados oposicionistas por conta do pouco tempo para a análise do texto final.

Lula afirmou, durante um evento do Minha Casa
Minha Vida em São Paulo, que a aprovação da reforma ocorreu graças a uma
negociação entre os presidentes das duas casas do Congresso, Arthur Lira
(PP-AL) da Câmara e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) do Senado, que chegaram a um
acordo sobre pontos que eram conflituosos, principalmente referentes aos
benefícios fiscais à Zona Franca de Manaus.

“Foi a demonstração de que é possível a gente
fazer política com adversidade. […] E foi aprovada com todas as divergências,
todas as tendências possíveis dentro do Congresso Nacional”, afirmou.

A reforma foi aprovada com uma mínima base governista apenas do PT e do PCdoB, e outros votos espalhados entre o blocão do União Brasil, PP, PSB, MDB, PSD e Republicanos. O União e o PP se dividiram entre o apoio e a desaprovação. Já o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, orientou contra a proposta.

Logo depois, o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, ressaltou que o governo irá, agora, trabalhar para concluir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o próprio Orçamento de 2024. Segundo ele, os textos só serão efetivamente fechados, com a previsão de zerar o rombo das contas públicas no ano que vem, após a “aprovação sobre as bets [apostas on-line] e a expectativa de promulgação da reforma”, que de ocorrer ainda nesta semana.

“A reforma tributária simplifica a vida do
empresário, pequeno, médio e grande, que quer investir no país. Acaba com a
balbúrdia tributária e faz justiça tributária, porque de um lado com imposto
zero para a cesta básica e passa a cobrar de quem tem helicóptero, jet ski e
iate e cria novas taxas para produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente”,
completou.

O evento em São Paulo ocorreu por conta da assinatura do contrato de construção das obras do conjunto Copa do Povo em um terreno invadido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) no bairro Itaquera ainda em 2014, às vésperas da Copa do Mundo de 2014. O estádio da região, o Itaquerão – Neo Química Arena, foi utilizado nos jogos do mundial.

Fonte

Mostre mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor desativar seu adblock para continuar!