A partir de 1/5/22, conforme os contratos acordados pela Petrobras com as distribuidoras, os preços de venda de gás natural – transportado e distribuído por dutos – terão ajuste médio de 19% em R$/m³, com relação ao trimestre fevereiro-março-abril. Tais contratos preveem revisões trimestrais e vinculam a variação do preço do gás às oscilações do petróleo tipo Brent e taxas de câmbio no período.
A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais. Em média, para clientes residenciais, a parcela Petrobras no preço ao consumidor corresponde a cerca de 28% da tarifa final, de acordo com informações do Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria do Gás, publicado pelo MME. Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. Importante informar que o ajuste anunciado para 1/5/22 não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.
Os preços atualizados seguirão vigentes até 31/7/2022, conforme estabelecido nos contratos firmados. A atualização trimestral o preço do gás natural e anual para o transporte do produto permite atenuar volatilidades momentâneas e aliviar, no preço final, o impacto de oscilações bruscas e pontuais no mercado externo, assegurando, desta forma, previsibilidade e transparência aos clientes. Os contratos são públicos e divulgados no site da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O mercado de gás natural brasileiro atualmente é aberto a outras empresas que queiram ofertar esse produto no País. Nos últimos anos, a Petrobras apoiou ativamente esse processo, por entender que, com mais oferta, o mercado se fortalece, refletindo em ganhos para o consumidor.
É importante esclarecer também que o indexador Brent utilizado nos contratos para a atualização dos preços foi uma opção amplamente adotada pelo mercado, como pode ser observado nos contratos firmados com os demais supridores que estão atuando no mercado brasileiro desde janeiro deste ano.
A atualização dos preços do gás natural da Petrobras seguiu os parâmetros de reajustes utilizados pelas demais empresas que atuam nesse segmento, com perfil semelhante ao da Petrobras, que variaram de 18% a 28% nos contratos vinculados ao petróleo Brent.
Devido aos contratos estabelecidos com seus clientes, a faixa do preço do gás natural (sem o transporte) da Petrobras ficará entre US$12,30 e US$17,70/MMBtu, ao passo que o preço no mercado global (mais especificamente, do Gás Natural Liquefeito (GNL) para entrega no Brasil) encontra-se em cerca de US$30,00/MMBtu (sem considerar o transporte e custos de regaseificação).
(*) Globo