Copa Davis deixará de ser organizada pela Kosmos – Reprodução / Twitter (@DavisCup)
A Kosmos, empresa presidida pelo ex-zagueiro do Barcelona Gerard Piqué, decidiu rescindir o contrato para operar as finais da Copa Davis. A decisão foi tomada depois de a Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) se recusar a renegociar a cota que a empresa se comprometeu a pagar, e que rondava os US$ 40 milhões por ano.
A ITF confirmou a rescisão contratual com a Kosmos e disse que garantirá as condições financeiras para organizar a fase de qualificação e as finais da Copa Davis de 2023, conforme planejado.
Quando formalizou acordo com a ITF, a Kosmos havia se prontificado a investir US$ 3 bilhões em 25 anos. No entanto, o pagamento da taxa engolia praticamente todo o lucro do evento, impossibilitando uma rentabilidade capaz de reinvestir no produto.
Pandemia
A ITF concordou em renegociar o dinheiro a ser arrecadado durante a pandemia, de modo que os US$ 40,3 milhões que recebeu em 2019 fossem reduzidos para US$ 10,2 milhões em 2020 e para US$ 19,7 milhões em 2021. Em 2022, a taxa chegou a US$ 32 milhões. Em 2023, a previsão é que o pagamento seria de US$ 36 milhões, chegando a US$ 44 milhões no ano que vem.
Um sintoma da dificuldade em se chegar a esses valores é que, em 2022, foi lançado um novo formato, com várias sedes, para que as taxas pagas por cada cidade ajudassem na arrecadação com bilheteria e patrocínios. No ano passado, a fase de grupos foi disputada em Bolonha (Itália), Valência (Espanha), Hamburgo (Alemanha) e Glasgow (Escócia), com a final em Málaga (Espanha).
Ativos
Fora da organização da Copa Davis, a Kosmos permanecerá no mundo do tênis, pois recentemente assinou contrato com Andrey Rublev, Borna Coric e Elina Svitolina, por meio de sua subsidiária de representação Kosmos Management. A empresa conta, portanto, com um representante no Top 10 do ranking mundial entre os homens (Rublev), além de uma entre as mulheres (Daria Kasatkina, cliente da agência desde o final de 2021).
Vale destacar ainda que a empresa também gere o Andorra FC, que disputa a segunda divisão da Espanha, e a Kings League (liga de futebol de 7).
Fonte: Máquina do Esporte
