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Definido como ciumento, suspeito de feminicídio já teria tentado matar a mulher com um machado

Definido como ciumento, marido já teria tentado matar a mulher com um machado
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Delzimar Alves do Nascimento, 49 anos, suspeito de matar a companheira, Elenice Pinto Martins, de 48 anos, é definido por familiares e amigos da vítima como “ciumento” e já teria até tentado matá-la com um machado. 

O feminicídio aconteceu na sexta-feira (13), no Bairro São Caetano, saída para Rochedinho, em Campo Grande. A mulher teria levado 22 facadas, de acordo com levantamento feito pela perícia no local do crime. O suspeito tentou se matar após o crime também com uma facada, recebeu atendimento médico e foi preso pela Polícia Civil. 

O Jornal Midiamax esteve na casa de Elenice e conversou com familiares e vizinhos. Segundo eles, o casal estava junto há cerca de três anos e brigava muito devido aos episódios de ciúmes do suspeito, que ocorriam, principalmente, após ele ingerir bebidas alcoólicas. Conforme os familiares de Elenice, Delzimar fazia ‘bicos’ e eles se conheceram quando ele trabalhava como mascate pelo bairro. 

Cunhada de Elenice, Andrelinda Toledo Mendes, de 55 anos, mora em frente a residência da vítima e contou que o casal vivia na casa de Elenice com os dois filhos: uma criança de 11 anos (filho apenas de Delzimar) e um rapaz (filho apenas de Elenice). “Eles brigavam muito e ele já tinha tentado matá-la com um machado”, contou a Andrelinda . 

Segundo a cunhada, na noite do crime, Elenice mandou mensagem para ela falando que se ela ouvisse barulho na casa, era para verificar o que estava acontecendo, “pois estaria tentado matá-la com o machado”. A cunhada ligou para ela, mas a vítima disse que não precisava ir, pois Delzimar já estava “dormindo de bêbado”. 

Ainda conforme a cunhada da vítima, o casal brigava muito por conta de ciúmes de Delzimar, porém a única agressão teria ocorrido quando Elenice foi agredida com um machado. 

“Ele tinha ciúmes dela com todo mundo. Ela não podia fazer nada, falar com ninguém. Eu não sei como estou de pé, além de ser minha cunhada, era minha irmã, minha parceira. Falei com ela essa semana e ela estava contente, por conseguir marcar a tomografia”, diz Andrelinda. Segundo a família, Elenice teve um AVC e se recuperou.  

A vizinha, Luzia Neves, 57 anos, dona de casa, contou que conhecia a vítima há 15 anos. “O filho dela tinha 11 anos quando a conheci e hoje tem 20 e poucos. Saíamos juntas antes de ela começar esse relacionamento”, contou a amiga. 

“Ele brigava muito. Tinha muito ciúmes dela. Ela fechava a porta e ele chegava e arrombava. Ela o mandava embora e ele não ia. Uma vez eles discutiram no carro, ele ficou bravo, meteu o pé no acelerador, bateu no quebra-molas e ela quebrou o nariz”, relata a vizinha, que diz que a vítima estava contente por recentemente ter passado a escritura da casa para o nome dela. “Toda vez que ia ao mercado, me chamava para ir com ela. Era minha melhor amiga”, conta a dona de casa. 

O sobrinho da vítima, Paulo André Mendes Martins, de 30 anos, foi o primeiro a se deparar com a tragédia. Ele contou que chegou em casa – residência vizinha à da vítima – por volta das 22h30 com a mulher e escutou três gritos fortes. 

A esposa ainda falou que parecia ser a tia dele, mas que acabaram achando que estava vindo de longe. Pouco tempo depois, o filho de Delzimar chegou no porão e disse ao sobrinho da vítima: “socorre a sua tia, que meu pai esfaqueou ela”. 

O sobrinho entrou na casa e encontrou o suspeito em cima da cama com a faca na mão. Ele não viu a tia, que estava caída em um vão entre a parede e a cama, e foi procurá-la do lado de fora. Um outro amigo viu o corpo de Elenice e o suspeito ainda se jogou por cima do corpo dela. 

“A nossa família já tinha falado para ela abrir o olho com esse jeito dele. Minha mãe havia comentado que isso poderia acontecer. Infelizmente, essa noite aconteceu o que todo mundo previa”, lamentou o sobrinho.

O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, porém a vítima já estava morta. O suspeito foi avaliado por um médico e preso por uma equipe da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) pediu a conversão do flagrante em prisão preventiva de Delzimar.

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