Para que a nomeação de Mercadante na Petrobras ou no BNDES fosse possível, o futuro governo de Lula teria que alterar a Lei das Estatais, aprovada e sancionada em 2016.
Para que a nomeação de Mercadante na Petrobras ou no BNDES fosse possível, o futuro governo de Lula teria que alterar a Lei das Estatais, aprovada e sancionada em 2016.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

As possíveis nomeações do presidente eleito Lula (PT)
voltaram a mexer com o humor do mercado financeiro nesta segunda-feira (12). A
bolsa de valores respondeu de forma negativa aos rumores de que o ex-ministro e
coordenador técnico do governo de transição, Aloizio Mercadante (PT), possa
presidir a o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou a Petrobras
no governo petista.

Por volta das 14h30 a bolsa de valores operava em queda de 2,62%, batendo os 104.707 pontos. As ações da Petrobras chegaram a registrar queda de 5,10%. Já o dólar operava em alta de 1,54% sendo comercializado a R$ 5,327.

Para que a nomeação de Mercadante fosse possível, o futuro governo teria que alterar a Lei das Estatais, aprovada e sancionada em 2016, no governo Michel Temer em meio às revelações da Operação Lava Jato.

A norma busca melhorar a governança e blindar essas empresas públicas contra indicações e interferências político-partidárias. Entre outras coisas, a legislação impõe uma série de requisitos – de experiência no setor, por exemplo – para que alguém possa assumir o comando de uma estatal e impede que pessoas com atuação política recente possam assumir essas empresas, o que barraria a nomeação de Mercadante para ambos os cargos.

Anteriormente a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já defendeu que a Lei das Estatais deve ser revista para permitir a indicação de políticos para cargos de diretoria e conselhos de administração. A deputada diz que a lei teria criminalizado a política.