O Grupo Disney não pretende negociar a marca ESPN no mercado. A especulação aconteceu após Daniel Loeb, executivo da Third Point Capital, que tem participação no conglomerado, ter envaido proposta ao CEO da Disney, Bob Chapek, no mês passado, pedindo que a empresa desmembrasse o canal esportivo do grupo.
Christine McCarthy, diretora financeira da Disney, afirmou que a empresa não pretende abrir mão da marca esportiva.
Loeb argumentava que a medida daria à ESPN a possibilidade de explorar negócios como apostas esportivas, que seriam mais complicados caso a empresa continuasse vinculada com o Grupo Disney. Apesar disso, Christine afirmou que a ESPN continua sendo uma marca importante para o conglomerado de mídia.
“Como uma equipe de gerenciamento, sempre olhamos para nossos ativos e perguntamos: ‘Nosso portfólio é composto pelo grupo certo de ativos? Estamos alavancando as coisas em toda a companhia para que seja mais do que apenas uma empresa independente presa a uma empresa maior?’”, questionou, para logo em seguida dar a resposta:
“A ESPN é um ótimo negócio e está totalmente integrada à forma como pensamos em fornecer entretenimento e conteúdo atraente aos clientes”
Por conta disso, não há intenção da Disney em negociar seu braço esportivo.
“Estamos sempre analisando, ‘Existem outras alternativas, onde seria melhor fazer algo diferente.’ E seguimos esse caminho de forma muito deliberada e rigorosa com minha equipe financeira e minha equipe de estratégia. Vemos a ESPN como parte de nosso portfólio geral”, afirmou Christine.
Aposta da Disney
Por outro lado, Chapek afirmou que a Disney desenvolve um aplicativo de apostas esportivas da ESPN. A emissora americana já havia lançado um canal no YouTube apenas dedicado às apostas esportivas em 2020.
“As apostas esportivas são parte do que nosso público esportivo mais jovem, digamos, com menos de 35 anos, está nos dizendo que deseja como parte de seu estilo de vida esportivo”, afirmou Chapek, em entrevista concedida durante o evento D23, da Disney, em Anaheim, na Califórnia.
O executivo também revelou que a sugestão de Loeb de se desfazer da ESPN teria gerado bastante interesse no mercado.
“Nada menos que 100 pessoas que queriam comprar a ESPN. O que isso quer dizer? Quer dizer que temos algo realmente bom”
Bob Chapek, CEO da Disney
“E se você tem um plano estratégico, uma visão de onde ele se encaixa na empresa nos próximos 100 anos, então você não quer se desfazer dessa marca. Nós temos esse plano e não o compartilhamos”, acrescentou o executivo.
O CEO da Disney também destacou a necessidade de atrair mais parceiros comerciais para a ESPN, visto que os custos dos direitos de transmissão de eventos esportivos têm crescido bastante.
Fonte: Máquina do Esporte