Um novo projeto de criptomoeda foi lançado nessa segunda-feira (24) pelo CEO da OpenAI, Sam Altman. Chamado de Worldcoin, a iniciativa se diferencia de outras do gênero pelo recurso World ID, que serve como um “passaporte digital” para comprovar a identidade dos usuários como pessoas reais em vez de bots de IA.
Para obter um World ID, os interessados nos criptoativos devem realizar o cadastro da íris dos seus olhos indo até um local com uma “Orb”, um dispositivo esférico parecido com uma bola de boliche. A empresa responsável pelo Worldcoin se chama Tools for Humanity e tem Sam Altman e Alex Blania como seus fundadores.
O projeto conquistou 2 milhões de usuários durante a sua fase Beta. Agora, com o lançamento oficial do Worldcoin, a proposta é ampliar as operações de coleta biométrica para 35 cidades em 20 países.
Prova de identidade e renda básica universal
A proposta ambiciosa da Tools for Humanity com o projeto Worldcoin é criar um sistema de criptoativos mais seguro e justo que “pode aumentar drasticamente as oportunidades econômicas, oferecer uma solução confiável para distinguir pessoas de inteligência artificial — preservando a privacidade —, permitir processos democráticos globais e, eventualmente, abrir caminho para uma renda básica universal financiada por IA”, segundo carta dos cofundadores no site da empresa.
De acordo com Alex Blania, as World IDs registradas pela íris das pessoas podem ser armazenadas em blockchain de maneira a preservar a privacidade enquanto garante uma “prova de identidade” dos usuários. A tecnologia visa enfrentar os desafios de distinguir pessoas reais de bots de IA, especialmente com o uso crescente de chatbots de IA generativa como o ChatGPT, que pode produzir uma linguagem natural muito semelhante à humana.
Economia da nova era
Além disso, os fundadores acreditam que o Worldcoin pode desempenhar um papel na reformulação da economia na nova era da IA generativa, através de um sistema de renda básica universal com base nas World IDs com potencial de combater a desigualdade de renda.
Sam Altman reconhece que a implementação desse sistema levará bastante tempo e exigirá a coordenação entre várias entidades mundiais. Contudo, o executivo não tem uma resposta sobre qual entidade seria responsável pela distribuição dos fundos, por exemplo.
No entanto, Altman acredita que a Worldcoin pode estabelecer as bases para um futuro menos desigual ao garantir o direito a uma renda básica em criptomoedas para todos os usuários pelo simples fato de serem humanos — verificados com a World ID.
Com o lançamento oficial da Worldcoin, a empresa amplia a distribuição dos Orbs em nível mundial. A expectativa é disponibilizar até 1,5 mil Orbs até o final do ano. Os interessados podem agendar um horário e encontrar o dispositivo mais próximo pelo World App (Android | iOS) ou pelo site worldcoin.org. No Brasil, os Orbs estão disponíveis em três endereços no estado de São Paulo.
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