Um vulcão adormecido no Alasca que está inativo há pelo menos 800 anos corre o risco de acordar após uma onda de terremotos assolar a área no início deste ano. É o que apontou uma pesquisa realizada pelo Observatório do Vulcão do Alasca em parceria com o Alaska Satellite Facility.
Para chegar nessas previsões, a equipe utilizou modelagem matemática baseadas em imagens de satélite. De acordo com os resultados, o aumento da atividade sísmica impulsionou o movimento do magma das profundezas para a superfície da Terra.
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Em declaração à Newsweek, o vulcanologista da Universidade de Oxford, David Pyle, disse que quando o magma se move, ele provoca o derretimento em profundidade. “Ambos os processos podem causar pequenos terremotos”, disse. O pesquisador também apontou para a importância do uso de sismômetros ao redor do vulcão que podem auxiliar na medição dos terremotos.
“Quando o magma está se movendo em profundidade, dentro dos poucos quilômetros superiores da crosta terrestre, podemos ver a superfície se abaulando um pouco a partir dessas medições de radar. E podemos combinar isso com locais de terremotos para descobrir em três dimensões a forma do corpo de magma dentro da Terra”, explicou o cientista.
Nem sempre esses vulcões entram em erupção
A maioria dos vulcões nos EUA está localizado no Alasca. O Serviço Geológico do país estimou que existem 161 vulcões potencialmente ativos no país, porém apenas 42 estiveram de fato em atividade nos últimos 70 anos. Evidências geológicas indicam que a última grande erupção do vulcão no Monte Edgecumbe ocorreu há 4.500 anos. Após esse período ele ficou dormente.
Dormente é uma palavra que é frequentemente usada para descrever vulcões que não entram em erupção por décadas ou séculos, e talvez parecem completamente quietos. Mas a implicação é que vulcões adormecidos podem entrar em erupção novamente”, disse Pyle.
“A maioria dos vulcões tem um ciclo de vida que dura centenas de milhares de anos. Durante este tempo, eles podem entrar em erupção quando o magma se ergue das profundezas da Terra e atinge a superfície. E então eles podem ficar dormentes novamente entre erupções, como o magma esfria. Quando outro lote de magma se ergue sob o vulcão, então podemos ver o vulcão ficando inquieto mais uma vez, ou ‘reativado’.”
Essa retomada na atividade vulcânica não significa, necessariamente, que ele entrará em erupção novamente tão cedo. “Detectar o movimento do magma em profundidade geralmente é um lembrete de que um vulcão está ativo ou potencialmente ativo, mas não é necessariamente um sinal de que um vulcão entrará em erupção”, disse Pyle. O pesquisador deu outros exemplos que aconteceram nos últimos 20 anos, “na maioria desses casos, a perturbação se acalma após algumas semanas ou meses, sem erupção”.
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Fonte: Olhar Digital