Vida alienígena: entenda como sinais de tecnologia podem indicar a existência de extraterrestres

Os cientistas estão quase certos de que a humanidade não está sozinha no Universo. Para eles, se a vida emergiu na Terra, provavelmente ela também surgiu em outros lugares. No entanto, isso não significa que nós vamos encontrar seres extraterrestres, já que o universo é vasto e ainda não exploramos nem a ponta desse iceberg. Apesar das dificuldades, existem diversos projetos de pesquisa com foco em encontrar indícios de vida em outros planetas, principalmente procurando por tecno-assinaturas. Entenda como isso funciona.

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Tecno-assinatura são indícios de tecnologia usadas por seres inteligentes em outros planetas. Um exemplo disso são as ondas de rádio utilizadas na comunicação. Os sinais produzidos nesse caso são muito diferentes das ondas de rádio emitida pelos objetos cósmicos, como uma estrela, localizada em algum ponto no Espaço.

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Os estudiosos acreditam que os alienígenas criaram algum tipo de comunicação baseada em rádio, por isso o investimento na busca por esses sinais. Qualquer tipo de evidência nesse sentido pode se enquadrar na Busca de Inteligência Extraterrestre (SETI). Vários sinais já foram encontrados, porém, nenhum foi confirmado.

Geralmente, os esforços do SETI são geralmente liderados por organizações como o Instituto SETI e o Breakthrough Listen. Muitos cientistas cidadãos também colaboram com o projeto e cumprem um papel fundamental na análise dos dados coletados.

Em certa ocasião, o astrônomo Jill Tarter declarou que “se você pegasse um copo de água do oceano e o procurasse por peixes, provavelmente não encontraria nenhum”, o mesmo pode ser aplicado na busca por vida inteligente fora da Terra. Felizmente, conforme os cientistas despendem mais tempo nas buscas, a tecnologia é aprimorada e as chances de detecção melhoram.

No meio do caminho, os pesquisadores encontram alguns desafios na busca por vida alienígena. Dentre eles, está a definição do tamanho do próprio Sistema Solar. Enquanto Netuno orbita o Sol a uma distância média de 30 UA, a nuvem de Oort pode se estender até 100.000 UA do Sol. A diferença gerada para o escopo da pesquisa é na casa dos bilhões.

Outro desafio está relacionado ao paradoxo de Fermi. Ele considera que, se os alienígenas existem, aparentemente eles não querem ser encontrados. Essa alegação advém do fato de que os artefatos possivelmente produzidos por esses indivíduos são inertes, sua tecnologia é indetectável por nós, ou eles simplesmente não estão lá.

Em julho de 2021, o Projeto Galileo foi perpetrado pelos pesquisadores Avi Loeb e Frank Laukien, da Universidade de Harvard. Ele representa a primeira iniciativa de pesquisa científica que visa encontrar artefatos astro-arqueológicos perto da Terra.

A equipe do Galileo se comprometeu publicamente a testar apenas hipóteses de “física conhecida” e a analisar apenas novos dados de vida alienígena. Além disso, eles declararam que o projeto irá coletar e analisar dados de forma confiável e reprodutível, compartilhando abertamente o que foi analisado e as conclusões testáveis. Do ponto de vista científico, essa é a conduta e o padrão esperados nesse tipo de pesquisa.

Há três eixos principais de observação do Projeto Galileo. O primeiro irá buscar em Imagens de Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAP). A equipe estruturou o projeto, construiu e implantou seus próprios equipamentos de observação e de inteligência artificial para realizar a coleta e interpretação dos dados.

O segundo eixo irá considerar o Encontro com futuros Objetos Interestelares (ISO’s) passando pelo Sistema Solar como o Oumuamua e o 2I/Borisov, a partir da recuperação de fragmentos de objetos interestelares que colidiram com a Terra, como o CNEOS 2014-01-08 que atingiu a costa da Papua-Nova Guiné.

Por fim, em 2023, o Observatório Vera C. Rubin entrará em operação e permitirá a busca por pequenos satélites alienígenas que podem orbitar a Terra. Enquanto o SETI está em busca de sinais de rádio, o Projeto Galileo visa encontrar objetos interestelares. Ambos os campos são desafiadores e exigirão muito da capacidade tecnológica e humana na busca e interpretação dos dados.

Via: Science Alert

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Fonte: Olhar Digital

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