O plástico é um dos materiais mais versáteis que existem no mercado, ao armazenar desde produtos alimentícios até maquiagem, tintas, e demais químicos. Contudo, é possível que determinados tipos de plásticos contaminem a água e comida que consumimos? Separamos a resposta para esta e outras perguntas sobre o uso do plástico no dia a dia. Confira a seguir.
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O plástico das vasilhas contamina a água e comida que consumimos?
É muito comum, na cultura brasileira, o hábito de reutilizar potes de plástico para guardar comida, água e ainda levar este recipiente para o micro-ondas e refrigerador. Apesar disso, poucas pessoas sabem que há diferentes tipos de plásticos, e que o manuseio incorreto do recipiente pode contribuir para o desenvolvimento de doenças.
Para identificar o tipo correto de plástico –– que pode armazenar água, comida, e aguentar certas temperaturas ––, é necessário conferir o rótulo da embalagem e procurar por um número dentro de um triângulo com setas. Essa numeração costuma ir de 1 a 7, e cada número identifica diferentes matérias-primas utilizadas para desenvolver o plástico, além de informar para o consumidor quais utilidades a embalagem detém após ser reutilizada.
O plástico de número 5 (PP), feito de Polipropileno, é o mais seguro e pode ser utilizado para armazenar comida, água, e ser levado ao congelador ou micro-ondas. Eles foram desenvolvidos especialmente para vasilhas de uso doméstico.
O número 2 (PEHD), feito de Polietileno de alta densidade, pode ser resfriado e costuma ser vendido no mercado nas embalagens de água, leite, e suco. E o número 4 (PEBD), feito de Polietileno de baixa densidade, aguenta ser aquecido. Apesar disso, é recomendado o uso único do produto e que seja descartado em seguida (ou reutilizado de outra forma que não seja para armazenar água/comida), assim como o de número 1 (PET), que pode ser resfriado, mas é indicado para uso único.
Em resumo, qualquer plástico diferente do número 5 não é indicado para ser reutilizado como pote para guardar alimentos ou água (ou ser resfriado e aquecido múltiplas vezes), simplesmente porque não foram construídos para esse propósito. Um grande exemplo é o plástico 1, usado para garrafas de água e refrigerante: reutilizá-los para guardar água ou suco, depois do conteúdo original ter sido consumido, é correr o risco de absorver substâncias tóxicas, pois o PET as libera após algum tempo de uso.
Dessa forma, usar um pote de sorvete de um litro ou reutilizar a embalagem de margarina para guardar comida, levá-la ao micro-ondas ou ao congelador, é perigoso. Os plásticos diferentes do número 5 podem liberar substâncias como ftalatos ou BPA, que contaminam os alimentos e a água, e prejudicam, dentre outras coisas, os hormônios do corpo humano, causando doenças.
Fonte: Olhar Digital