O diretor regional europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS), Dr. Hans Henri P. Kluge, afirmou em coletiva de imprensa nesta terça-feira (14) que os terremotos que atingiram Turquia e Síria são o pior desastre natural ocorrido na região no último século. A declaração acompanhou um relato das ações tomadas pela organização em auxílio aos locais afetados.
Com mais de 31.000 mortes e 100.000 desabrigados na Turquia, além de 5.000 vítimas na Síria (por enquanto), os terremotos de 6 de fevereiro foram desastres sem precedentes na região europeia se considerar todos os ocorridos nos últimos 100 anos.
Nos dois países atingidos, equipes de resgate e de ajuda humanitária seguem trabalhando em busca de sobreviventes e na prestação de socorro aos feridos e desabrigados. A OMS estima que cerca de 26 milhões de pessoas necessitem de ajuda neste momento.
A organização enviou três voos com suprimentos médicos, o suficiente para o tratamento de 400.000 pessoas e a realização de 120.000 cirurgias, e mais recursos estão a caminho. Equipes médicas também já foram despachadas nos países e US$ 16 milhões foram liberados do fundo de emergência da organização para atender as vítimas.
Além deste valor, a OMS fez um apelo à comunidade internacional para que US$ 43 milhões sejam doados para garantir que o atendimento necessário chegue às populações mais vulneráveis e de difícil acesso. Além disso, a organização pretende dar suporte psicossocial e reabilitação pós-traumática aos afetados pelo desastre.
Em outra declaração, Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, afirmou que as autoridades da Síria devem abrir as fronteiras para receber ajuda. Segundo a ONU, as forças rebeldes que se opõem ao governo — em uma guerra civil que já dura mais de uma década — também estão dispostas a colaborar com a prestação de socorro às vítimas dos terremotos.