No aniversário do PT, Dilma critica taxa de juros e cobra reestatização da Eletrobrás

Ecoando as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) ao Banco Central, a ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016) disse neste
domingo (12) que a taxa de juros atual “condena” o Brasil “à depressão”.

Dilma fez os comentários durante um evento em Brasília de comemoração
pelos 43 anos de fundação do PT.

“Quando o presidente Lula questiona as taxas de juros, ele
está defendendo o futuro do seu governo. A taxa de juros a 13,75% [ao ano] está
condenando [o país] a uma depressão, um momento de perda, de renda e de
emprego. Então, portanto, nós temos de entender e defender o governo”, disse a
petista.

No mesmo evento, a ex-presidente defendeu que a Eletrobrás
seja reestatizada. “O presidente Lula precisa, por exemplo, e ele está lutando
por isso, precisa ter condições de fazer com que a Eletrobrás volte a ser a
empresa dos brasileiros. O presidente Lula precisa retomar os investimentos que
estão paralisados. Precisa ter Minha Casa, Minha Vida. Precisa ter
investimentos da Petrobras. Precisa ter uma remodelação do BNDES [Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] no sentido de ser um banco de
investimento”, apontou Dilma.

Na semana passada, Lula havia dito que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, devia explicações ao Congresso Nacional após a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano.

“Eu não discuto com o presidente do Banco Central. Eu fiz
duas críticas à imprensa. Ele deve explicações não a mim. Ele deve explicações
ao Congresso Nacional, a quem o indicou. É verdade que temos duas pessoas no
Conselho Monetário Nacional e tem mais gente para a gente indicar no Banco
Central”, disse.

“Ele [Campos Neto] tem mais responsabilidade que o [Henrique] Meirelles tinha no meu tempo. Porque naquele tempo que o Meirelles era do Banco Central, era fácil jogar a culpa no presidente da República. Agora não. Agora a culpa é do Banco Central”, afirmou Lula. “Porque o presidente não pode trocar o Banco Central. É o Senado que pode mexer ou não”, acrescentou.

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