Startup vai cultivar minicérebros na Estação Espacial Internacional

Na última semana, a Estação Espacial Internacional (ISS) anunciou que vai passar a cultivar minicérebros, ou seja: uma próxima missão de reabastecimento incluirá células-tronco destinadas a serem transformadas em minúsculos modelos 3D do órgão mais complexo do ser humano.

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Os pesquisadores da startup de biotecnologia Axonis trabalham nesses minicérebros para ajudar a melhorar os tratamentos para pacientes com distúrbios como Alzheimer, Parkinson e epilepsia, e para isso aproveitam o laboratório da ISS.

Uma vez a bordo da ISS, as células serão induzidas a formar neurônios, as células que enviam sinais elétricos e químicos no cérebro, bem como microglia e astrócitos, dois tipos adicionais de células encontradas no cérebro que realizam uma variedade de funções.


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Juntos, esses três tipos de células se agrupam em pequenas esferas que podem ser usadas para simular doenças cerebrais humanas e testar novos medicamentos.

A ideia da equipe é examinar como a microgravidade afeta a maturação das células cerebrais humanas, descobertas que devem ajudar no avanço do combate a essas doenças, levando ao desenvolvimento de novas terapias.

Minicérebros cultivados na ISS

Em comunicado, Shane Hegarty, diretor científico da Axonis, aponta que esses minicérebros 3D são uma abordagem revolucionária para o estudo do cérebro humano. Hegarty explicou que o problema com os organoides é que parte das células morre mais rapidamente do que o resto, o que deixa os pesquisadores com um modelo incompleto.

Estrutura 3D feita de células cerebrais cultivadas em laboratório (Imagem: Flickr/ISS National Lab/Axonis Therapeutics)

Os organoides do cérebro também demoram muito para crescer, e esse experimento busca agilizar esse processo. A equipe defende que os resultados desta investigação podem ajudar também a acelerar o processo de aprovação de medicamentos.

Conforme aponta o comunicado, o estudo deve se concentrar em testar a capacidade que determinados tratamentos têm em atingir as células dentro do conjunto.

Para isso, a equipe usa uma terapia genética especial que consiste em uma proteína fluorescente que brilha em verde quando atinge as células. A terapia foi projetada para atingir apenas os neurônios.

Minicérebros já ajudaram a ciência

Não é de hoje que os cientistas buscam essa forma alternativa de compreender o cérebro humano para conseguir informações pertinentes. Durante a pandemia, um grupo infectou minicérebros com clique aqui as unidades de saúde onde a vacina está disponível. Nestes mesmos locais, estão sendo aplicadas doses para evitar a influenza. Os testes para detectar a covid-19 para entender os danos gerados pela doença.

Em janeiro deste ano, um artigo publicado na Nature Communications descreveu, pela primeira vez, a interação de minicérebros com estímulos de luz. A premissa é ajudar a restaurar regiões cerebrais perdidas ou degeneradas, no futuro.

Anteriormente, pesquisadores também conseguiram usar minicérebros para reparar lesões cerebrais de camundongos. Em 2021, uma equipe também usou minúsculos modelos celulares 3D gerados em laboratório para entender uma variação genômica associada ao transtorno do espectro do autismo: a 16p11.2.

Leia a matéria no Canaltech.

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