Ciência & TecnologiaDESTAQUE 2

Star Wars Outlaws é respiro de uma saga desgastada – Primeiras impressões

Star Wars Outlaws é respiro de uma saga desgastada - Primeiras impressões
Compartilhar

Há muito tempo, em uma galáxia não tão distante… não se falava mais em bons jogos da saga Star Wars. Claro, a série de filmes caiu um pouco no esquecimento até o ano de 2012, onde o universo criado por George Lucas ganharia novos ares, tudo após a compra bilionária da Disney (US$ 4 bilhões para ser exato)

De lá pra cá, tudo mudou: cinco filmes (com mais quatro em produção), seis seriados, catorze animações e seis jogos fazem parte dessa grande onda de produtos que a todo tempo, tentam descer goela abaixo até dizermos “chega, já deu!”. Não me levem a mal, eu amo Guerra nas Estrelas, porém tudo tem limite.

Embora Star Wars Battlefront (2015) e Star Wars Battlefront II (2017) tenham mais erros que acertos, foi com a saga Jedi, iniciada por Star Wars Jedi: Fallen Order (2019) que a franquia teve um respiro nos jogos com exatamente aquilo que todo fã que se preze sempre pede: uma história boa. Seu sucessor, Star Wars Jedi: Survivor (2023) que também foi bem recebido por público e critica, veio para dizer que pelo menos nos games, Star Wars está em boas mãos.

Mas até quando vamos controlar personagens que possuem o poder da força, que brandem sabres de luz pra todo canto? O universo da franquia é gigante, por que não contar outras histórias? Mercenários, contrabandistas, fugitivos? Felizmente a Massive Entertainment e a Ubisoft não só ouviram esses clamores, como também resolveram contar uma história inédita num mundo aberto pelos olhos de uma ladra e seu fiel companheiro.

A convite da Ubisoft, jogamos em 1080p via nuvem quatro horas de Star Wars Outlaws, jogo que se passa entre O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi. A seguir, nossas primeiras impressões do que pode muito bem ser um novo respiro na saga galática!

Um universo bem vivo

Nessa gameplay tivemos acesso a dois lugares do mapa de Outlaws: Toshara, uma lua desértica que vagamente lembra Tatooine se tivesse vegetação e Kijimi, um planeta gelado liderado pelo clã Ashiga, onde joguei apenas uma hora das quatro disponíveis. Após sua nave cair em Toshara, Kay Vess é mandada para uma cidade próxima para encontrar peças e assim poder consertar os danos causados pela queda. Nas primeiras andadas com o Speeder (que é meio truncado na sua movimentação), é possível ver que realmente capricharam nas paisagens do planeta: cânions, vegetação e leitos de rio acabam te dizendo o caminho a seguir, sem precisar usar muito a bussola.

Porém os detalhes mais legais não estão no ambiente externo, mas sim ao adentrar a cidadela. Um lugar sujo te espera, no melhor estilo Mos Eisley: música, pessoas que não dão a mínima pra você, conversas paralelas e apostas te esperam lá (sim, apostas: se você quiser apostar numa corrida de Fathiers ou jogar um truquinho também é possível). Se por acaso você ouvir alguma conversa de um NPC que te interesse, uma seta irá apontar o caminho dele (e sim, está tudo em português com dublagem confirmada).

Star Wars Outlaws

Além disso, alguns NPCs comentam certas ações ou eventos que acontecem dentro do jogo. Em certa parte, eu tive que me infiltrar no terreno de uma gangue inimiga (aqui divididos como Sindicatos) e acabei causando um pouco mais do que devia, fazendo com que os personagens ao meu redor reagissem e comentassem o ocorrido.

Suas ações terão consequências

Em Star Wars Outlaws será possível fazer parte de Sindicatos, equivalente a gangues da qual terão alguma importância na sua jornada. É possível adentrar todas, porém saiba que como toda gangue, também existem rivalidades: você não será bem-visto se, por exemplo, fazer parte do sindicato de Jabba the Hutt ao mesmo tempo que participa do Clã Ashiga.

Cada sindicato possui missões diferentes, que irão lhe dar respeito dentro do lugar, além de itens e recompensas exclusivas que podem te dar vantagem nas lutas, como uma arma ou até granadas especiais. Existe uma regra implícita dentro do jogo que é: não roube de outros, mas se roubar… não seja pego. Algumas vezes você vai precisar recuperar algum item ou documento dentro de território inimigo, então seja furtivo e pense bem! Se te pegarem, vai ficar mal pra você.

Em certas partes da história, você terá que fazer escolhas que podem ser boas ou não, dependendo de que lado você está. Entregar alguém, ficar quieto ou dar uma de sonso podem afetar sua história, porém não pude ver o quanto isso me afetaria nas quatro horas em que joguei ou se isso estará presente somente nas missões paralelas.

Star Wars OutlawsStar Wars Outlaws permite fazer escolhas durante a história.

Além disso, sua reputação conta em Outlaws: quanto mais crimes você cometer, mais no seu pé soldados e mercenários estarão para tirar aquela graninha no final do mês.

Jogue como uma canalha e aprenda com isso

Talvez o que mais tenha me pego em Star Wars Outlaws tenha sido seu gameplay. Embora a Ubisoft esteja publicando, quem desenvolveu foi a Massive Entertainment (The Division, Avatar: Frontiers of Pandora), que se inspirou muito em seus trabalhos passados para criar a atmosfera de Star Wars.

Armada inicialmente com um gancho a lá Uncharted e um blaster, Kay pode alternar entre dois modos de tiro: de plasma, feito para batalhar com inimigos e um tiro silencioso, feito para derrubar alguns inimigos ou até robôs e câmeras, nocauteando assim que acertado. Conforme você luta ou atira na hora certa, seu sistema de adrenalina aumenta e te dá uma habilidade bem parecia com o Dead Eye de Red Dead Redemption, podendo derrubar vários inimigos de uma vez só (confesso que só usei uma vez).

Star WarsCombate de Star Wars Outlaws.

Porém, se a bagunça não é seu estilo, é possível optar pelo lado stealth do jogo, e é aí que entra Nyx, seu parceiro e melhor amigo. De primeira, parece que Nyx só te ajudará em algumas tarefas do jogo, como apertar botões inalcançáveis ou servir de sonar, mas ele vai além disso: sabotar alarmes, destruir sistemas, distrair inimigos ou até roubar são algumas das façanhas que esse bichinho extremamente fofo pode fazer. Ao contrário das águias da saga dos Assassinos, esse companheiro realmente serve para alguma coisa.

E por falar em roubar, o que seria de uma ladra sem seu pick-lock? De primeira é meio difícil entender, mas depois é perceptível a lógica: para abrir trancas, você precisa acertar a batida do cadeado junto do controle, nada de girar o analógico para um lado e tentar abrir com outro, sua memória e agilidade vão contar aqui. E como todo bom mini-game de hacking, Outlaws também tem o seu: para abrir sistemas de computador, você terá que usar e abusar da lógica nesse que parece uma versão de Termo (Wordle) das galáxias.

Sim, nós também temos naves

Durante a demonstração antes de chegar em Kimiji nós participamos da primeira batalha de nave do jogo. Embora o cenário seja lindo (com direito a uma nave do Império destruída vagando acima do planeta), tive a impressão de que deixaram a jogabilidade no espaço por último, tendo melhores experiencias em jogos passados da saga.

O controle é um pouco confuso, já que a lógica que usaram para manobrar as naves é um pouco diferente nos analógicos (um controla o eixo da nave enquanto outro controla o movimento). Não atrapalha, porém dá para ver que um tempinho a mais faria a diferença.

NaveNave em Star Wars Outlaws

Ok, mas e o load ao adentrar um planeta? Conforme demonstrado na última Ubisoft Forward, a tela de carregamento é “disfarçada” como uma transição ao entrar e sair de planetas. Pude ver isso de perto, tanto ao sair de Toshara quanto ao adentrar Kimiji, e posso dizer isso diretamente a você, dona Ubisoft: dê um aumento para quem teve essa ideia. É impossível não comparar com Starfield, porém esse pequeno detalhe faz com que a imersão seja maior, ainda mais se tratando de Star Wars.

Novos ares para uma franquia datada

Nessas quatro horas de Star Wars Outlaws, se teve algo do qual posso dizer sem medo algum é que sim, me diverti muito jogando. Embora o jogo tenha alguns erros (controle de naves confuso, lugares sem indicação para salto ou subida), parece ser algo contornável até seu lançamento que é agora, dia 30 de agosto.

Se por algum acaso você estava cansado de batalhas de sabres de luz e do famoso bem contra o mal, Outlaws parece que será o respiro certo numa saga que mais tem apostado em quantidade do que em qualidade. Assim como Rogue One e Andor, de vez em quando é bom mudar a perspectiva para aqueles que lutam para sobreviver numa galáxia que não ajuda os desafortunados. E nesse quesito, a Ubisoft mandou bem demais.

Star Wars Outlaws tem lançamento marcado para 30 de agosto no PC, PlayStation 5 e Xbox Series S e X.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES: STAR WARS OUTLAWS 

Star Wars Outlaws: um respiro de uma saga desgastada 

Há muito tempo, em uma galáxia não tão distante… não se falava mais em bons jogos da saga Star Wars. Claro, a série de filmes caiu um pouco no esquecimento até o ano de 2012, onde o universo criado por George Lucas ganharia novos ares, tudo após a compra bilionária da Disney (US$ 4 bilhões para ser exato) 

De lá pra cá, tudo mudou: cinco filmes (com mais quatro em produção), seis seriados, catorze animações e seis jogos fazem parte dessa grande onda de produtos que a todo tempo, tentam descer goela abaixo até dizermos “chega, já deu!”. Não me levem a mal, eu amo Guerra nas Estrelas, porém tudo tem limite.  

Embora Star Wars Battlefront (2015) e Star Wars Battlefront II (2017) tenham mais erros que acertos, foi com a saga Jedi, iniciada por Star Wars Jedi: Fallen Order (2019) que a franquia teve um respiro nos jogos com exatamente aquilo que todo fã que se preze sempre pede: uma história boa. Seu sucessor, Star Wars Jedi: Survivor (2023) que também foi bem recebido por público e critica, veio para dizer que pelo menos nos games, Star Wars está em boas mãos.  

Mas até quando vamos controlar personagens que possuem o poder da força, que brandem sabres de luz pra todo canto? O universo da franquia é gigante, por que não contar outras histórias? Mercenários, contrabandistas, fugitivos? Felizmente a Massive Entertainment e a Ubisoft não só ouviram esses clamores, como também resolveram contar uma história inédita num mundo aberto pelos olhos de uma ladra e seu fiel companheiro.  

A convite da Ubisoft, jogamos em 1080p via nuvem quatro horas de Star Wars Outlaws, jogo que se passa entre O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi. A seguir, nossas primeiras impressões do que pode muito bem ser um novo respiro na saga galática! 

Nessa gameplay tivemos acesso a dois lugares do mapa de Outlaws: Toshara, uma lua desértica que vagamente lembra Tatooine se tivesse vegetação e Kijimi, um planeta gelado liderado pelo clã Ashiga, onde joguei apenas uma hora das quatro disponíveis. Após sua nave cair em Toshara, Kay Vess é mandada para uma cidade próxima para encontrar peças e assim poder consertar os danos causados pela queda. Nas primeiras andadas com o Speeder (que é meio truncado na sua movimentação), é possível ver que realmente capricharam nas paisagens do planeta: cânions, vegetação e leitos de rio acabam te dizendo o caminho a seguir, sem precisar usar muito a bussola. 

Porém os detalhes mais legais não estão no ambiente externo, mas sim ao adentrar a cidadela. Um lugar sujo te espera, no melhor estilo Mos Eisley: música, pessoas que não dão a mínima pra você, conversas paralelas e apostas te esperam lá (sim, apostas: se você quiser apostar numa corrida de Fathiers ou jogar um truquinho também é possível). Se por acaso você ouvir alguma conversa de um NPC que te interesse, uma seta irá apontar o caminho dele (e sim, está tudo em português com dublagem confirmada).  

Além disso, alguns NPCs comentam certas ações ou eventos que acontecem dentro do jogo. Em certa parte, eu tive que me infiltrar no terreno de uma gangue inimiga (aqui divididos como Sindicatos) e acabei causando um pouco mais do que devia, fazendo com que os personagens ao meu redor reagissem e comentassem o ocorrido. 

Suas ações terão consequências  

Em Star Wars Outlaws será possível fazer parte de Sindicatos, equivalente a gangues da qual terão alguma importância na sua jornada. É possível adentrar todas, porém saiba que como toda gangue, também existem rivalidades: você não será bem-visto se, por exemplo, fazer parte do sindicato de Jabba the Hutt ao mesmo tempo que participa do Clã Ashiga 

Cada sindicato possui missões diferentes, que irão lhe dar respeito dentro do lugar, além de itens e recompensas exclusivas que podem te dar vantagem nas lutas, como uma arma ou até granadas especiais. Existe uma regra implícita dentro do jogo que é: não roube de outros, mas se roubar… não seja pego. Algumas vezes você vai precisar recuperar algum item ou documento dentro de território inimigo, então seja furtivo e pense bem! Se te pegarem, vai ficar mal pra você.  

Em certas partes da história, você terá que fazer escolhas que podem ser boas ou não, dependendo de que lado você está. Entregar alguém, ficar quieto ou dar uma de sonso podem afetar sua história, porém não pude ver o quanto isso me afetaria nas quatro horas em que joguei ou se isso estará presente somente nas missões paralelas.  

Além disso, sua reputação conta em Outlaws: quanto mais crimes você cometer, mais no seu pé soldados e mercenários estarão para tirar aquela graninha no final do mês. 

Jogue como uma canalha e aprenda com isso 

Talvez o que mais tenha me pego em Star Wars Outlaws tenha sido seu gameplay. Embora a Ubisoft esteja publicando, quem desenvolveu foi a Massive Entertainment (The Division, Avatar: Frontiers of Pandora), que se inspirou muito em seus trabalhos passados para criar a atmosfera de Star Wars. 

Armada inicialmente com um gancho a lá Uncharted e um blaster, Kay pode alternar entre dois modos de tiro: de plasma, feito para batalhar com inimigos e um tiro silencioso, feito para derrubar alguns inimigos ou até robôs e câmeras, nocauteando assim que acertado. Conforme você luta ou atira na hora certa, seu sistema de adrenalina aumenta e te dá uma habilidade bem parecia com o Dead Eye de Red Dead Redemption, podendo derrubar vários inimigos de uma vez só (confesso que só usei uma vez).  

Porém, se a bagunça não é seu estilo, é possível optar pelo lado stealth do jogo, e é aí que entra Nyx, seu parceiro e melhor amigo. De primeira, parece que Nyx só te ajudará em algumas tarefas do jogo, como apertar botões inalcançáveis ou servir de sonar, mas ele vai além disso: sabotar alarmes, destruir sistemas, distrair inimigos ou até roubar são algumas das façanhas que esse bichinho extremamente fofo pode fazer. Ao contrário das águias da saga dos Assassinos, esse companheiro realmente serve para alguma coisa.  

E por falar em roubar, o que seria de uma ladra sem seu pick-lock? De primeira é meio difícil entender, mas depois é perceptível a lógica: para abrir trancas, você precisa acertar a batida do cadeado junto do controle, nada de girar o analógico para um lado e tentar abrir com outro, sua memória e agilidade vão contar aqui. E como todo bom mini-game de hacking, Outlaws também tem o seu: para abrir sistemas de computador, você terá que usar e abusar da lógica nesse que parece uma versão de Termo (Wordle) das galáxias.  

Sim, nós também temos naves 

Durante a demonstração antes de chegar em Kimiji nós participamos da primeira batalha de nave do jogo. Embora o cenário seja lindo (com direito a uma nave do Império destruída vagando acima do planeta), tive a impressão de que deixaram a jogabilidade no espaço por último, tendo melhores experiencias em jogos passados da saga.  

O controle é um pouco confuso, já que a lógica que usaram para manobrar as naves é um pouco diferente nos analógicos (um controla o eixo da nave enquanto outro controla o movimento). Não atrapalha, porém dá para ver que um tempinho a mais faria a diferença.  

Ok, mas e o load ao adentrar um planeta? Conforme demonstrado na última Ubisoft Forward, a tela de carregamento é “disfarçada” como uma transição ao entrar e sair de planetas. Pude ver isso de perto, tanto ao sair de Toshara quanto ao adentrar Kimiji, e posso dizer isso diretamente a você, dona Ubisoft: dê um aumento para quem teve essa ideia. É impossível não comparar com Starfield, porém esse pequeno detalhe faz com que a imersão seja maior, ainda mais se tratando de Star Wars.  

Novos ares para uma franquia datada  

Nessas quatro horas de Star Wars Outlaws, se teve algo do qual posso dizer sem medo algum é que sim, me diverti muito jogando. Embora o jogo tenha alguns erros (controle de naves confuso, lugares sem indicação para salto ou subida), parece ser algo contornável até seu lançamento que é agora, dia 30 de agosto.  

Se por algum acaso você estava cansado de batalhas de sabres de luz e do famoso bem contra o mal, Outlaws parece que será o respiro certo numa saga que mais tem apostado em quantidade do que em qualidade. Assim como Rogue One e Andor, de vez em quando é bom mudar a perspectiva para aqueles que lutam para sobreviver numa galáxia que não ajuda os desafortunados. E nesse quesito, a Ubisoft mandou bem demais.  

Star Wars Outlaws  tem lançamento marcado para 30 de agosto no PC, PlayStation 5 e Xbox Series S e X. 

Compartilhar
Matérias relacionadas
Fallout é esnobado no Emmy, mesmo com 15 indicações
Ciência & TecnologiaDESTAQUE 2

Fallout é esnobado no Emmy, mesmo com 15 indicações

Em abril deste ano as redes sociais foram tomadas por Fallout, que teve...

iOS 18 é lançado: veja como atualizar o iPhone
Ciência & TecnologiaDESTAQUE 2

iOS 18 é lançado: veja como atualizar o iPhone

A partir desta segunda-feira (16), o iOS 18 estará disponível para download...

Quanto custa Air Fryer? Saiba qual modelo comprar em cada faixa de preço
Ciência & TecnologiaDESTAQUE 2

Quanto custa Air Fryer? Saiba qual modelo comprar em cada faixa de preço

Por último, as air fryers de até R$ 1000 são aquelas que...

/* */