Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda vacinação contra monkeypox

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) começa a recomendar a vacinação contra a varíola dos macacos (monkeypox) de pessoas com HIV, que estão com células de defesa linfócitos CD4 menor que 350. Hoje, o país é o que mais registrou mortes pela doença, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No total, são 11 óbitos.

“Não há, nesse momento, indicação de vacinação ampla contra essa doença, devendo ser priorizados os grupos com maior risco de adoecimento”, explica a SBI em nota. Em outras palavras, as vacinas contra a monkeypox devem ser aplicadas, de forma prioritária, em pessoas com HIV e que não estão com o vírus controlado.

Com o elevado grau de imunossupressão, estes indivíduos correm mais riscos com a doença. Inclusive, “dados brasileiros mostram que no Brasil, casos graves de monkeypox têm acometido, principalmente, pacientes infectados pelo HIV, sendo responsável pela imensa maioria dos óbitos”, afirma o documento.

Por que vacinar pessoas com HIV?

“Não sabemos ainda se o status de portador do HIV aumenta a probabilidade de ficar doente por monkeypox. Porém, já é sabido que PVHA [pessoas vivendo com HIV/Aids] e com imunocomprometimento grave correm maior risco de desenvolverem quadros graves, ou até mesmo morrerem, se forem infectadas”, explicam os médicos da SBI sobre a priorização do uso das vacinas.

Para entender, “mesmo que geralmente a doença seja benigna, estamos vendo sim casos graves em pessoas com baixa imunidade, principalmente pessoas com HIV que não fazem tratamento, pessoas que desenvolveram Aids ou com células de defesa linfócitos CD4 menor que 350”, resume o infectologista Vinícius Borges, nas redes sociais. “A imunização ainda não é indicada para todo mundo, mas seria muito importante nessa população para evitar óbitos ou casos graves”, completa.

Quando o Brasil vacinar pessoas que vivem com HIV com CD4 menor que 350, a orientação é que sejam imunizados os outros indivíduos que convivem com o vírus, independente da quantidade de células de defesa no organismo.

Vacina contra a monkeypox no Brasil

Por enquanto, a Sociedade Brasileira de Infectologia esclarece que “as vacinas atualmente disponíveis podem ser utilizadas como prevenção pré-exposição ou como profilaxia pós-exposição ao vírus”. Entre as opções, a mais usada no mundo é a Jynneos.

“A vacina Jynneos é aprovada para prevenção da monkeypox e da varíola. Atualmente, é a vacina mais utilizada nos Estados Unidos da América (EUA). Sua eficácia e duração da imunidade após a primeira dose ainda não é conhecida, porém é estimado que haja melhor proteção após a segunda dose”, informa a nota técnica.

Vale lembrar que, no começo de outubro, o Ministério da Saúde recebeu as primeiras 9,8 mil doses da vacina Jynneos. De acordo com a pasta, os imunizantes serão destinados para um estudo científico, mas, até o momento, não há previsão de quando as primeiras injeções serão aplicadas.

Fonte: Ministério da Saúde e OMS    

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