Sintonizar os ritmos das ondas cerebrais pode acelerar o aprendizado

Em estudo publicado na revista Cerebral Cortex, uma equipe de cientistas descobriu que sintonizar brevemente o ciclo de ondas cerebrais individuais de uma pessoa pode acelerar o aprendizado. Segundo os próprios autores do artigo, a técnica pode ajudar a manter a “neuroplasticidade” muito mais tarde na vida.

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Segundo os cientistas, cada cérebro tem seu próprio ritmo natural, gerado pela oscilação de neurônios trabalhando juntos. Com isso em mente, o grupo simulou essas oscilações até que o cérebro estivesse em sintonia consigo mesmo.

“A plasticidade do nosso cérebro é a capacidade de reestruturar e aprender coisas novas, construindo continuamente sobre padrões anteriores de interações neuronais. Ao aproveitar os ritmos das ondas cerebrais , pode ser possível melhorar o aprendizado flexível ao longo da vida, desde a infância até a idade adulta”, escrevem os pesquisadores.


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Para chegar à descoberta, o grupo contou com sensores de eletroencefalografia ligados à cabeça para medir a atividade elétrica no cérebro de 80 pessoas, e assim amostrar os ritmos das ondas cerebrais.

Sintonizar os ritmos das ondas cerebrais pode acelerar o aprendizado (Imagem: cookelma/envato)

Um ciclo de ondas cerebrais consiste em um pico e um vale, e alguns participantes receberam pulsos correspondentes ao pico de suas ondas, enquanto outros obtiveram ritmos errados (mais rápidos ou mais lentos). Cada participante repetiu mais de 800 variações da tarefa cognitiva, e os neurocientistas mediram a rapidez com que as pessoas melhoraram.

A taxa de aprendizado para as pessoas que experimentaram pulsos no ritmo certo foi pelo menos três vezes mais rápida, em comparação com os outros grupos. Quando os participantes retornaram no dia seguinte para completar outra rodada de tarefas, os que aprenderam muito mais rápido sob treinamento mantiveram seu nível de desempenho mais alto.

Por enquanto, o estudo de sconcentrou em testar a percepção visual, mas os especialistas envolvidos estimam que essa descoberta pode ser aplicada a uma ampla gama de tarefas e situações, incluindo o aprendizado auditivo, por exemplo.

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