Se você ainda não sabe, Shazam tem esse nome porque faz parte de um acrônimo dos deuses que ele evoca para se tornar o mortal mais poderoso da Terra: a sabedoria de Salomão, a força de Hércules, a resistência de Atlas, o poder de Zeus, a coragem de Aquiles e a velocidade de Mercúrio. E o curioso sobre esse conjunto de habilidades é o fato de o herói ignorar um recurso fascinante, capaz de elevá-lo em um nível de potência superior a cada divindade que o alimenta.
Em World’s Finest #254, de 1979, uma história revela que Shazam pode combinar o poder de Zeus para complementar as habilidades extraídas dos outros deuses. Com isso, o herói consegue, por exemplo, aprimorar a força de Hércules de forma que nem mesmo a musculosa divindade olímpica seria capaz de desenvolver.
Na história The Devil and Captain Marvel, Shazam, que era chamado também de Capitão Marvel na época, precisa enfrentar seis poderosas entidades comandadas pelo próprio Satanás para libertar seu tio, Ebenezer. O herói não somente vence cada uma, como também derrota a feiticeira Medea. Os vilões ficam surpresos, principalmente porque Billy Batson consegue realizar uma proeza que nem mesmo Hércules poderia fazer.
Shazam explica que, graças ao uso do poder de Zeus, todas as outras habilidades vindas dos outros deuses são complementadas. Ele consegue combinar o poder de Zeus para aumentar a resistência de Atlas ou a sabedoria de Salomão. Assim, com as forças combinadas de Zeus e Hércules, o herói foi capaz de realizar uma façanha que nem Hércules conseguiu.
O curioso é que essa foi a única vez que essa peculiaridade foi mencionada. Nenhum outro roteirista aproveitou essa ideia. E o momento de lembrá-la é ideal, já que, na atual fase, os deuses que alimentam seus poderes se voltaram contra ele, revezando-se no controle de seu corpo. Uma boa saída para esse conflito seria Shazam usar esse recurso para bater cada uma das divindades que tentarem possuí-lo — o jeito é aguardar para ver se o escritor Mark Waid se lembrará disso.