Um novo robô criado nos Estados Unidos chamou a atenção recentemente pela sua capacidade de se movimentar de forma versátil e inteligente. Trata-se do M4, apresentado como o resultado de um projeto de Gharib e Alireza Ramezani, em conjunto com pesquisadores do California Institute of Technology (Caltech).
O nome do robô é inspirado nas suas funções, já que significa Multi-Modal Mobility Morphobot (algo como “robô metamorfo de mobilidade multimodal”, em tradução livre). Para isso, sua construção tem quatro rodas que podem se transformar em rotores quando necessário.
A decisão em relação a qual forma de locomoção será utilizada é feita com o auxílio da inteligência artificial (AI), e de forma autônoma. Ele pode começar com as rodas — que são o meio mais eficiente —, mas mudar para as hélices no momento em que encontra um obstáculo intransponível, por exemplo.
Essa possibilidade exige que o produto tenha uma construção pensada minuciosamente, em que várias peças podem atuar em diferentes funções, dependendo do caso. Em determinadas situações, o M4 pode até “se levantar” em duas rodas, com a ajuda dos propulsores do outro lado que também garantem o equilíbrio em pé.
Em outros casos, o robô ainda consegue movimentar as rodas para simular algo parecido com um movimento de “marcha” — o que pode ser útil em terrenos acidentados, por exemplo.
É possível que essa tecnologia ajude os robôs do futuro a funcionar de forma mais eficiente e autônoma em casos de emergência, para carregar uma pessoa doente, por exemplo. Outro exemplo de uso seria a exploração de ambientes com difícil acesso, ou até mesmo em outros planetas.
De acordo com informações do Caltech, o design do M4 foi influenciado fortemente pelo Chukar, um tipo de perdiz que bate as asas para ganhar sustentação na hora de subir colinas inclinadas. A versatilidade dos leões marinhos também foi usada como inspiração, já que eles podem usar suas barbatanas para se locomover de forma diferente no mar e em terra.
Você pode conferir mais sobre o M4 no vídeo abaixo (em inglês):
Fonte: Caltech