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Review Realme 10 Pro | Testamos o celular da Coca-Cola

Review Realme 10 Pro | Testamos o celular da Coca-Cola
Review Realme 10 Pro Testamos o celular da Coca Cola
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A Realme costuma deixar as melhores novidades da sua linha principal para as variantes “Pro Plus”, e talvez seja por isso que o Realme 10 Pro não ganhou muito destaque — com exceção da sua edição especial da Coca-Cola. Mas ele pode ser uma boa opção acessível de celular importado se você quiser o básico bem feito.

O Realme 10 Pro recicla a maioria das configurações do Realme 9 Pro, como o Snapdragon 695 5G e a tela IPS LCD de alta frequência, mas troca o bom conjunto de câmeras triplo do antecessor por uma câmera principal de 108 MP. Será que vale a pena importá-lo? Testei o smartphone e conto todas as minhas impressões abaixo!

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Prós

  • Design e acabamento
  • Tela IPS LCD de qualidade
  • Bordas extremamente finas
  • Desempenho competente
  • Boa autonomia de bateria

Contras

  • Som de baixa qualidade
  • Câmeras não impressionam

Construção e design

A Realme tem uma identidade visual definida para seus smartphones intermediário em 2023, mesmo que de forma mais discreta do que, por exemplo, a Samsung com sua linha Galaxy A. O Realme 10 Pro se apropria do design do basicão Realme C33, o que é curioso porque, normalmente, são os celulares de entrada que se inspiram nos mais caros.

Ou seja, temos um corpo predominantemente de plástico com dois círculos escuros agrupados verticalmente abrigando os sensores. O modelo que analisamos foi o chamado “Coca-Coca Edition”, já apelidado carinhosamente pela internet como “celular da Colca-Cola”. Ele vem exclusivamente com laterais em alumínio e uma tampa traseira fosca com o logo da Coca-Cola estampada.

A aparência diferenciada também altera os aros das câmeras, que ganham uma coloração avermelhada, símbolo da bebida. Vale destacar mais de um parágrafo para essa versão do Realme 10 Pro porque, inicialmente, foram produzidas apenas 1.000 unidades produzidas, mas nossa unidade de testes veio com a numeração “8.776” — ou seja, parece que fez bastante sucesso.

Voltando ao aparelho, na parte de baixo temos um dos alto-falantes, entrada USB-C e conector de 3,5 mm para fones de ouvido, uma ótima notícia para quem ainda prefere fones cabeados. Já o leitor de digitais fica na lateral, junto do botão de energia.

Deixa eu aproveitar para comentar sobre esse leitor biométrico que foi um dos piores que já testei. O cadastramento da digital foi relativamente rápido, mas, no dia a dia, o reconhecimento falhou tantas vezes que achei melhor utilizar a senha. Nunca tive problema com sensores desse tipo, por isso me surpreendi com o desempenho baixíssimo por aqui.

O design do Realme 10 Pro é muito bonito, e a edição especial da Coca-Cola apresenta uma tampa traseira fosca bastante elegante e única. Na caixa, inclusive, há um cartão de exclusividade, pois se trata de uma edição limitada.

Diego Sousa

Tela e som

Não é novidade que telas LCD são inferiores às AMOLED, e felizmente muitos smartphones intermediários já migraram para a tecnologia mais agradável. Infelizmente, esse não foi o caso do Realme 10 Pro, que manteve o painel IPS LCD do antecessor, embora a qualidade seja ótima para os padrões intermediários.

A tela do Realme 10 Pro tem 6,72 polegadas e resolução Full HD+, uma ótima combinação para consumir vídeos e jogar. Não sou muito fã de displays tão grandes, mas o smartphone traz um aproveitamento da parte frontal tão bom (quase 90%) que faz ele parecer menos comprido.

Por ter um painel mais básico, é possível encontrar algum vazamento de luz ao redor da câmera frontal em conteúdos mais brilhantes e claros, como o modo de tela padrão do sistema. Esse problema não é nada extraordinário, pois já vimos coisa parecida em alguns Moto G com tela IPS LCD.

O brilho máximo não muito forte também é uma das características negativas desse tipo de display, mas em ambientes internos dá para ter uma boa visualização. A taxa de atualização de 120 Hz é boa, e o sistema consegue adaptar dependendo do conteúdo — por exemplo, em vídeos no YouTube a velocidade cai para 60 Hz.

Quanto ao som, a Realme se preocupou em colocar dois alto-falantes no aparelho, o que achei legal, mas sua atuação foi uma das mais fracas que já testei. O áudio se excede muito nos médios e agudos, enquanto os graves são uma bagunça. Além disso, em volumes elevados, a experiência é muito ruim, com som estourado e sem definição.

Eu definitivamente não recomendo consumir músicas e filmes no aparelho sem fones de ouvido. Vídeos no YouTube sem música, por outro lado, é até bom porque os médios, que normalmente contém as vozes, são destacados.

Configurações e desempenho

Por dentro, o Realme 10 Pro praticamente repetiu as configurações do seu antecessor. Ele roda o competente Snapdragon 695 5G aliado a versões com até 8 GB de memória RAM e 256 GB de armazenamento interno. O modelo que analisei foi o mais completo, com 8 GB e 256 GB de memória, combinação digna de smartphones top de linha.

Não fosse a interface própria da Realme engasgando ocasionalmente, diria que o Realme 10 Pro teve uma atuação excelente para os padrões intermediários premium. Qualquer aplicativo de rede social, mensageiros instantâneos e serviços de streaming abriram com rapidez, e a navegação se manteve fluida com a taxa de atualização de 120 Hz.

O chipset Snapdragon 695 5G também foi muito competente em jogos, rodando Asphalt 9 a 30 quadros por segundo (fps) cravados com bons gráficos. Há um recurso de software que teoricamente aumenta a demanda do processador para melhorar a jogatina. Achei interessante por deixar o jogo mais estável, mas também aumentou a temperatura e o consumo de bateria do aparelho.

Realizamos diversos testes sintéticos de benchmark para comparar o desempenho do Realme 10 Pro em relação aos concorrentes. No AnTuTu 9, plataforma que testa o desempenho do aparelho em diversas categorias, o smartphone performou ligeiramente melhor que o Poco X5 e o Galaxy A14 5G, mas perdeu para o Galaxy A54 5G e o Poco X5 Pro.

Interface e sistema

O Realme 10 Pro roda a interface Realme UI 4.0 baseada no Android 13. Por ser uma edição especial da Coca-Cola, o sistema inclui algumas adições temáticas, como tema, ícones de aplicativos, wallpapers e até sons do sistema característicos da marca de refrigerantes.

No entanto, as mudanças do sistema são restritas apenas aos ícones de alguns aplicativos da tela inicial e da gaveta de aplicativos, não na interface inteira. Acessos muito importantes, como a central de notificações e o menu de configurações, possuem a identidade visual padrão da Realme.

De qualquer modo, não gostei muito das adições visuais relacionadas à Coca-Cola, com exceção, apenas, da tampa traseira fosca com o logo da marca de refrigerantes. Assim que liguei o aparelho pela primeira vez, troquei para a interface padrão da Realme UI 4.0.

A modificação da Realme baseada no Android não está entre as minhas favoritas, mas ela tem alguns truques interessantes, como os diferentes formatos de ícones de apps, transições de janelas e temas.

Temas disponíveis por padrão na Realme UI 4

Diego Sousa/Canaltech

Fonte

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