Review DualSense Edge | Preço alto e bons recursos marcam lançamento da Sony

As imagens contam apenas parte da história quando o assunto é o DualSense Edge (e basicamente qualquer controle dessa categoria). A aparência é de um joystick normal com recursos adicionais, mas eles fazem todo sentido para os jogadores mais avançados ou adeptos dos jogos competitivos. Deles, e de todos os outros, se espera o pagamento de um alto preço, uma conta complicada em que novidades e valor podem caminhar com pesos diferentes para cada usuário.

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Há mais sentido no uso, por exemplo, nas jogatinas de Call of Duty Warzone, em que uma ação rápida faz toda diferença, enquanto quem prefere os games single player pode não ser tão bem atendido assim. As novidades do DualSense Edge podem melhorar a jogabilidade de Elden Ring ou simular um câmbio borboleta nas pistas de Gran Turismo 7, mas, com isso, sempre vem o fantasma do preço.

Afinal de contas, em um Brasil em que tudo é absolutamente caro, falar em um controle de R$ 1.449, valor oficial praticado pela Sony por aqui, é também falar em quase um terço do valor do console em si, que traz um DualSense convencional dentro da caixa. Lá fora, essa proporção também se reflete, com a empresa parecendo saber disso e tentando entregar o máximo possível de valor dentro de sua proposta.


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Nesse sentido, ela conseguiu. O cuidado e atenção dada ao público mais avançado se reflete em pequenas e grandes melhorias, como uma pegada melhor e um sistema totalmente customizado, cheio de opções de fácil configuração. Quem pagar o preço estará diante de uma solução que atende bem aos anseios de seu público e ainda se coloca como um rival de peso para a concorrência, ainda que não conte com alguns adicionais disponíveis na versão do lado verde, que tem uma experiência que já dura alguns anos.

Impressionante à primeira vista (e também segunda)

O caráter premium do DualSense Edge aparece assim que se abre a caixa. O joystick vem armazenado em uma case toda de plástico, bastante robusta e com espaço de sobra para guardar o controle e todas as peças pequenas que podem se perder por aí se ficarem soltas. Tudo tem o seu espaço e todas ficam firmes mesmo quando a embalagem chacoalha, de novo evidenciando um formato que foi feito para ser carregado por aí.

São três pares de alavancas analógicas — um semelhante ao controle atual do PlayStation 5 e outros dois que lembram o formato circular e áspero do PlayStation 3, um mais baixo e outro alto. Os gatilhos traseiros também aparecem em duas versões, uma com as conhecidas alavancas de joysticks desse tipo e outro formato menor, como um semicírculo, todos de metal e com boa sensação tátil. A caixa traz, ainda, um cabo USB-C com 2,8 metros de comprimento e uma peça de fixação que o prende à parte traseira do controle.

DualSense Edge vem em embalagem de plástico rígido que serve ao propósito de levar o controle por aí, com espaços firmes para que os acessórios fiquem bem presos durante o transporte (Imagem: Felipe Demartini/Canaltech)

Como dito, as imagens contam apenas parte da história e a primeira impressão, também. Pegar o DualSense Edge mostra desde o início uma pegada melhorada, com aplicação emborrachada na parte inferior, onde ficam as pontas dos dedos, assim como um grip texturizado nos gatilhos superiores. Direcionais e botões de face são os mesmos do controle original, diferentemente do touchpad, que também apresenta uma textura diferente.

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Logo de início, também notamos mudanças sensíveis, como analógicos com cliques mais sutis e menos barulhentos que no DualSense padrão, um toque mais macio que também aparece no touchpad. Explorando a case, também se nota a presença de uma abertura na parte traseira, para que o controle possa ser carregado sem que seja preciso retirá-lo da embalagem.

Grips nos gatilhos superiores e acabamento emborrachado na parte inferior trazem pegada melhorada ao DualSense Edge (Imagem: Felipe Demartini/Canaltech)

Por outro lado, há a presença do igualmente querido e odiado acabamento Black Piano na parte inferior do controle, entre as alavancas e onde está o logo de PlayStation. Para um produto que é manipulado o tempo inteiro, a escolha não é das melhores e as marcas de dedo acabam sendo inevitáveis, assim como a presença mais clara de acúmulo de poeira e pelos, caso você tenha um pet em casa.

Críticas também podem ser feitas ao plástico usado nesse componente, que evidencia uma sensação presente em praticamente toda a customização do DualSense Edge. O controle é claramente robusto, mas a quantidade de travinhas e cliques necessários para retirar analógicos, trocar alavancas ou inserir gatilhos traseiros faz com que o medo da quebra sempre esteja presente, principalmente quando é necessário um pouco de força para que alguns dos itens se encaixem da maneira correta.

“O DualSense Edge tem dois botões a menos que os controles tradicionais do segmento, mas compensa isso com uma integração direta ao software do PS5, com acessibilidade para configurações e trocas fáceis de padrões de controle.”

— Felipe Demartini

Apenas funciona

Ao ligar, mais mudanças, com o DualSense Edge não mais acendendo toda a extensão dos LEDs frontais no uso dos menus do PS5 — eles aparecem apenas durante os jogos, com as mesmas opções de intensidade e recursos de interação que já estavam disponíveis na versão tradicional. Apenas uma pequena luz branca, na parte inferior do touchpad, indica que o controle está ligado, também servindo como indicador relacionado aos perfis de botões do joystick.

Durante a jogatina, os LEDs do DualSense Edge se acendem de acordo com o determinado pelos desenvolvedores de cada título, enquanto opções estão disponíveis para reduzir luminosidade e economizar bateria (Imagem: Felipe Demartini/Canaltech)

O cuidado da Sony com a nova proposta chama a atenção assim que se conecta o joystick pela primeira vez, com o PS5 exibindo interfaces dedicadas a eles e até um tutorial sobre seus principais recursos, que também pode ser acessado a qualquer outro momento. É no software que o restante da mágica acontece, com opções profundas e dedicadas a cada um dos aspectos do DualSense Edge, incluindo, mas não exclusivamente, seus diferenciais em relação aos controles comuns.

Tudo está integrado ao sistema operacional do próprio console, o que significa que as configurações também podem ser acessadas a qualquer momento, sem a necessidade de aplicativos adicionais ou do uso de softwares no PC, como acontece com modelos licenciados. A troca de perfis de comandos acontece com um pressionamento longo dos botões Fn, localizados abaixo dos analógicos, com três opções customizadas e uma padrão sempre disponíveis, além de um número ilimitado delas que podem ficar salvas no videogame para serem atribuídas quando necessário.

Configurações do DualSense Edge estão integradas ao sistema operacional do PlayStation 5, o que facilita o ajuste de perfis e torna fácil a customização de todos os aspectos do controle (Imagem: Captura de tela/Felipe Demartini/Canaltech)

Como dito, parte do intuito do DualSense Edge é ser levado por aí, o que significa que os perfis de customização salvos no controle também vão junto e aparecem da forma como foram configurados, mesmo em um novo console. Isso, novamente, se aplica não somente aos mapeamentos de botões, mas também configurações de sensibilidade dos analógicos, enquanto o ajuste de profundidade dos gatilhos L2 e R2 é físico e independente, por meio de sliders na parte traseira.

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