Repovoamento seria uma solução futura de acordo com o biológo Heriberto Gimenes Júnior
Como solução futura, a reprodução de peixes no Bioparque Pantanal, maior aquário de água doce do mundo, pode repovoar rios com espécies ameaçadas de extinção.
“Se você tem as matrizes de uma espécie rara, elas estão reproduzindo e têm filhotes, podemos fazer o repovoamento em áreas que estão sendo impactadas”, destacou Heriberto Gimenes Júnior, biólogo coordenador do Laboratório de Ictiologia do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e curador do complexo.
Conforme o biólogo, se existe alguma espécie ameaçada de extinção, algum rio sofrendo impacto e que possa prejudicar a existência de algum animal, o aquário serve como um auxílio no sentido de reprodução. “Nosso objetivo é estudar como é o comportamento, como é a parte reprodutiva e com isso criar políticas de conservação para a preservação de uma referida espécie potencial ameaçada de extinção”, destacou.
Duas espécies que estão no Bioparque se enquadram numa categoria ameaçada de desaparecer, o Tetra de Cauda Vermelha e o Cascudo-viola. Ambos se reproduziram no complexo. O primeiro foi descoberto recentemente no Rio Correntes, entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
“Ele veio de um rio em que o entorno dele, basicamente é tomado pela agropecuária, tem agrotóxico, com as chuvas esse agrotóxico entra dentro do sistema e isso pode futuramente causar um grande impacto nos peixes desse lugar. Com essa espécie inédita aqui dentro do Bioparque reproduzindo, iremos entender seus hábitos e trabalhar na sua conservação”, pontua.