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A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA determinou que a Apple e a Disney devem permitir que acionistas votem sobre o uso de inteligência artificial em suas operações. A decisão, tomada em 3 de janeiro, rejeita os pedidos das gigantes da tecnologia e do entretenimento de excluir propostas relacionadas à IA de suas próximas reuniões anuais, segundo informações da agência Reuters.
A decisão da Comissão surge em um contexto onde o uso crescente de IA por grandes corporações tem levantado preocupações sobre possíveis impactos no mercado de trabalho e questões éticas relacionadas à propriedade intelectual.
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Originalmente, o pedido tinha sido feito pelo fundo de pensões da AFL-CIO, a maior federação sindical dos EUA. A motivação era pressionar por maior transparência e consideração dos impactos da IA em profissionais criativos e detentores de direitos autorais.
Na ocasião, o grupo solicitou à Apple um relatório detalhado sobre o uso de IA e suas diretrizes éticas, enquanto para a Disney, a proposta era semelhante, enfatizando o papel do conselho na supervisão do uso da IA.
Apple e Disney tentaram descartar as propostas, alegando que elas se relacionavam com “operações comerciais comuns”. No entanto, a Comissão de Valores Mobiliários discordou dessa interpretação, indicando que as propostas transcendem meras questões operacionais e abordam aspectos importantes de governança e ética corporativa.
A decisão da Comissão pode estimular negociações entre as empresas e a AFL-CIO, alinhando a Apple e a Disney com práticas de divulgação de IA já adotadas por outras grandes empresas, como a Microsoft. Brandon Rees, da AFL-CIO, destaca a necessidade de as empresas abordarem as questões éticas em torno da IA, algo que a Apple e a Disney ainda não começaram a fazer de maneira satisfatória.
A decisão do órgão marca um passo significativo na regulação do uso de IA por grandes corporações, destacando a importância de considerar os impactos éticos e sociais dessa tecnologia. As futuras votações dos acionistas da Apple e da Disney sobre o uso da IA poderão definir precedentes para como as empresas de tecnologia e entretenimento abordam essas questões críticas.
Fonte: Olhar Digital