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Químicos que destroem camada de ozônio atingem recorde apesar de proibição

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Embora os clorofluorcarbonos — os CFCs — tenham sido banidos pelo Protocolo de Montreal, em 1989, algumas destas substâncias atingiram níveis recorde na atmosfera em 2022. A descoberta foi feita por estudo realizado em conjunto pela Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) e a Universidade de Bristol, no Reino Unido.

Gases usados para refrigeração e em aerossóis, os CFCs foram apontados como os grandes responsáveis pelo buraco na camada de ozônio durante a década de 1980. Por desencadear uma série de reações que degradam a substância que protege a Terra de radiação ultravioleta — além de permanecer por décadas na atmosfera — esses compostos foram banidos em acordo internacional. Uma brecha, porém, pode ser a responsável pelo aumento recente.

O único uso tolerado dos CFCs hoje é, na verdade, para a fabricação de seus substitutos: os HFCs — hidrofluorcarbonetos. Com função similar, estes químicos não agridem a camada de ozônio, apesar de ainda serem gases estufa, assim como seus precursores. De acordo com Luke Western, líder do estudo, o presente aumento nos níveis das emissões de CFCs, porém, não representa um risco para a camada de ozônio.

“Estamos prestando atenção a estas emissões graças ao sucesso do Protocolo de Montreal. Emissões de CFCs por usos mais difundidos caíram tanto que fontes antes minoritárias estão agora no nosso radar,” diz o pesquisador. Embora não cheguem a prejudicar o ozônio, as emissões combinadas de CFCs equivalem, em termos de efeito estufa, ao carbono de um pequeno país como a Suíça — 1% das emissões dos Estados Unidos.

A pesquisa ficou em cinco gases específicos, cuja vida na atmosfera varia de meio século até mais de 600 anos. A causa provável do aumento de três das substâncias — CFC-113a, CFC-114a e CFC-115 — foi a demanda dos HFCs utilizados em ar-condicionados. Já as outras duas, CFC-13 e CFC-12a, não tiveram motivos claros para o crescimento observado.

O Protocolo de Montreal foi assinado em 1987 e suas determinações entraram em vigor dois anos depois. Desde então, o acordo já foi revisado nove vezes, mais recentemente em 2016. Para os pesquisadores, se os números observados no estudo continuarem aumentando, talvez seja o momento de uma décima revisão.

Fonte: Nature Geoscience via: Phys.org

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