Projeto Gemini: tudo sobre a impressionante tecnologia por trás do filme

Imagem: Paramount Pictures

Um dos filmes mais comentados de 2019, certamente, foi Projeto Gemini (Gemini Man), dirigido por Ang Lee, que trouxe uma revolução notável para as telonas. O longa-metragem de ação e ficção científica não apenas destacou a atuação de Will Smith, mas também inovou na utilização de tecnologia para criar uma versão mais jovem do próprio Smith. O resultado impressionante abriu portas para o futuro dos efeitos visuais em Hollywood é tema de discussão até hoje.

A trama de Projeto Gemini gira em torno do personagem Henry Brogan, um assassino de elite, interpretado por Smith, que se vê perseguido por um clone mais jovem de si mesmo.

Nesse cenário, o grande desafio para a equipe de efeitos visuais da atração foi criar uma versão digital fotorrealista de um dos maiores astros de cinema do mundo. Algo que Ang Lee e sua equipe abraçaram com entusiasmo, visto todo o processo realizado.

A tecnologia por trás de Projeto Gemini

A tecnologia por trás desse feito difere do típico processo de “desenvelhecimento” digital. Em vez de simplesmente suavizar rugas e afinar o rosto de Smith em pós-produção, a equipe de Projeto Gemini adotou uma abordagem inovadora: eles criaram Júnior, a versão jovem de Smith, a partir do zero. Usando imagens de referência e filmagens de um Smith mais jovem, na série Um Maluco no Pedaço e em filmes como Os Bad Boys, por exemplo, a equipe mergulhou em um nível extremo de detalhes.

O desafio era superar o chamado “Vale da Estranheza,” uma teoria que descreve a sensação perturbadora que ocorre quando uma representação humana não é completamente convincente.

A sutileza das expressões faciais e os detalhes da fisiologia humana são cruciais para criar uma representação realista. Por isso, a equipe de Projeto Gemini estudou tudo, desde as várias tonalidades de melanina na pele até o comportamento da luz nos olhos e como os lábios se movem quando alguém fala.

Para garantir a perfeição, o filme foi praticamente filmado duas vezes. Smith atuou ao lado de um dublê para as cenas que envolviam seu clone digital. Em seguida, o ator desempenhou o papel do clone em um palco de captura de movimentos, vestindo um traje especial e uma câmera facial.

FIlme usou técnicas avançadas para recriar rosto mais jovem de Will Smith (Foto: divulgação)FIlme usou técnicas avançadas para recriar rosto mais jovem de Will Smith (Foto: divulgação)Fonte:  Divulgação 

Os dados dessa segunda filmagem foram combinados com o trabalho de modelagem digital do jovem Smith para criar uma versão incrível de Júnior.

O resultado é uma representação impressionante de Will Smith na juventude, com detalhes vívidos e um realismo surpreendente. A atuação de Smith, que teve que dominar as nuances entre seu eu de 50 anos e seu eu de 23 anos, é uma parte fundamental do sucesso dessa tecnologia. Não foi apenas uma questão de aplicar uma fórmula mágica, mas de Smith trazer sua própria experiência como ator para os dois papéis.

A tecnologia utilizada em Projeto Gemini, inclusive, abriu novas possibilidades para a criação de personagens digitais e para a interpretação de atores ao longo de diferentes idades. Ao criar um clone digital sem perder os traços característicos de Smith, o filme aponta para um futuro no qual as estrelas de cinema poderão ajustar suas atuações para patamares ainda maiores, com diferentes versões de si mesmas.

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