Membros do Grêmio Estudantil também participam como monitores, auxiliando os estudantes nas atividades, sempre orientados pelas professoras do reforço (em contra turno)
A Escola Estadual Aral Moreira, em Antônio João, realizou com estudantes o projeto intitulado “Reforço”, ação de sucesso na unidade escolar e de repercussão municipal e na Coordenadoria Regional de Educação (CRE11 – Ponta Porã).
“A Pandemia do COVID- 19 afetou a educação de maneira global, tivemos impactos negativos para toda a sociedade, quando pensamos no contexto que o mundo passa e ainda perpassa logo pensamos nas consequências e os impactos sofridos por diversos setores, no sistema educacional tivemos impactos graves em relação ao ensino/aprendizagem”, menciona gestora Francielle Guimarães.
No retorno das aulas presencias, o trabalho socioemocional (juntamente com os protocolos de biossegurança) foi a primeira ação desenvolvida dentro das instituições escolares, sempre se preocupando com a segurança e saúde (psicológica e física) dentro das escolas (com suporte formações continuadas orientadas pela SED/MS). Pensando a partir da ideia de orientação aos professores, enquanto gestão e coordenação, partimos das orientações e formações da SED/MS.
“Então, aplicamos Avaliações Diagnósticas, a partir da tabulação dos dados, pensamos estratégias para a recomposição de forma individual e coletiva em todas as turmas. Mas, o que nos instigou foi a defasagem encontrada nos alunos com defasagem no quinto ano, que necessitavam de reforço escolar em leitura e escrita”, enfatiza diretora adjunta Eliane Mendes Barbosa.
Dificuldades
Contatou-se que a dificuldade desses estudantes era devida não possuir habilidades referentes ao ano escolar que se encontravam, pois se apresentavam em processo de alfabetização. Por esse motivo, tinham muitas dificuldades em desenvolver as habilidades de acordo com sua faixa etária e ainda apresentavam comportamento indisciplinado em sala de aula.
“Sabendo dos efeitos que a pandemia proporcionou à aprendizagem dos nossos estudantes, concomitante a questões socioeconômicas ou emocionais durante a pandemia, em meados de abril do ano letivo de 2022, a SED/MS enviou orientações sobre o Plano de Recomposição da Aprendizagem (PRA)”, menciona coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Andréia Cristina Conti Ribeiro.
Então, à equipe gestora da escola, em reunião com o corpo docente, definiram ações para intervir aos estudantes que necessitavam de reforço escolar. Assim garantindo o que estabelece a LDB- Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996,” Art 4º- XI- Alfabetização plena e capacitação gradual para a leitura ao longo da educação básica como requisitos indispensáveis para a efetivação dos direitos e objetivos de aprendizagem e para o desenvolvimento dos indivíduos”. De acordo com a Lei 14.407, de 12 de julho de 2022.
Reforço
Assim foram convidadas algumas pedagogas a participar voluntariamente do projeto, se voluntariou a professora Ilza Glanert Rodrigues (professora aposentada), a professora Ângela Regina Milanese que não leciona na rede Estadual (mas já fez parte do corpo docente, em anos anteriores), a professora Elza Bento Fernandes (professora de apoio que atua no período matutino e se voluntariou para ajudar no período vespertino), também a professora Andréia Conti Ribeiro (atual coordenadora do Ensino Médio), todas orientadas pela coordenação pedagógica/coordenadora do PRA e pela coordenadora de Práticas Inovadoras.
“Membros do Grêmio Estudantil também participam como monitores, auxiliando os estudantes nas atividades, sempre orientados pelas professoras do reforço (em contra turno)”, lembra coordenadora de Práticas Inovadoras, Paula Roberta Milanese.
Os estudantes participam do Reforço Escolar no contraturno, para garantir também as habilidades do ano que estão cursando, além da Recomposição da Aprendizagem. “Em depoimento, alguns estudantes se emocionaram pela iniciativa da escola, se sentiram acolhidos e valorizados, os pais felizes, pelo direcionamento do projeto, permitindo aos seus filhos recuperar a autoestima e desempenho acadêmico”, lembra coordenadora pedagógica do Ensino Funddamental I e II, Maila Indiara do Nascimento.
“Nós da equipe gestora e professoras voluntárias, nos sentimos no cumprimento do dever, respeitando às diferenças, seja ela social, emocional ou cognitiva. Assim, fazemos nossas as belas palavras do poeta sul-mato-grossense Emmanuel Marinho “Só a poesia, a arte, a educação e o amor é que salvam”, na Escola Estadual Aral Moreira, buscamos salvar nossas crianças através do cuidado e amor, garantindo de uma educação de qualidade”, finaliza diretora Francielle Guimarães.
Fonte: Policia Civil MS