Com a franquia Pokémon passando oficialmente a marca de 1000 espécies diferentes, os fãs que querem manter vivo o lema da série — temos que capturar todos eles — possuem hoje um grande desafio pela frente.
Ao longo dos jogos, desde os primórdios com as versões Red & Blue, até os modernos Scarlet & Violet, alguns monstrinhos deram mais trabalho aos treinadores que outros. Enquanto Pidgeys, Rattatas e Zubats aparecem aos montes, certos Pokémon são extremamente raros de se ver nos jogos — e eles nem precisam ser lendários para isso.
Seja por exigirem passos complexos para encontrá-los ou por apresentarem uma chance baixíssima de captura, o Canaltech listou os 10 Pokémon mais difíceis de capturar nos jogos.
Passamos por toda a franquia e a única exigência aqui foi que o jogador precisa encontrá-lo no jogo para conseguir o monstrinho — ou seja, se um Pokémon só é disponibilizado em eventos, como é o caso de Volcanion ou Marshadow, ele não está na lista.
10. Slakoth (Scarlet & Violet)
O primeiro monstrinho da lista não é raro na maioria dos games em que aparece, mas capturá-lo nas versões mais recentes da franquia Pokémon pode dar dor de cabeça aos treinadores. E também ao Pokémon lendário que serve de montaria em Scarlet & Violet — para encontrar certos Pokémon é preciso que o jogador bata em uma árvore enquanto corre com seu Koraidon ou Miraidon.
O problema é que alguns Pokémon que aparecem dessa forma são extremamente raros, como é o caso do Slakoth, do Applin e da Bounsweet. Para os complecionistas, acaba sendo mais prático conseguir um ovo destas espécies a partir de um estágio evoluído, estes sim são encontrados facilmente no mapa da região de Paldea.
9. Tauros e Kangaskhan (Red & Blue)
A primeira geração de Pokémon tem poucos desafios em termos de captura. Mas, ao mesmo tempo em que o lendário Mewtwo e o trio de pássaros Articuno, Zapdos e Moltres possuem chances baixíssimas de ficar em uma pokébola, uma boa dose de persistência — ou o uso de uma Master Ball — garante estes seres poderosos aos treinadores.
Mais complicado, porém, é o desafio de conseguir um Tauros ou um Kangaskhan, exclusivos da Zona Safari. Encontrá-los já exige sorte — a chance de que um deles apareça nos primeiros jogos da franquia é de, no máximo, 4%. O problema é que, pela forma com que são os encontros nesta área, eles podem fugir da batalha após a primeira pokébola ser lançada.
Um pequeno truque para “burlar” esse sistema é, ao sair da Zona Safari, voar diretamente para a Ilha Cinnabar, cidade do sétimo ginásio do jogo. Se o jogador usar o movimento Surf para nadar na costa leste da ilha, os pokémons da última área visitada irão aparecer ali, possibilitando uma batalha convencional.
8. Trio Regi (Ruby & Sapphire)
A terceira geração de Pokémon marcou a chegada da franquia ao Gameboy Advance em um tempo em que a internet ainda não era tão difundida quanto hoje. Esse fator já tornava a tarefa de encontrar o trio elemental de Hoenn muito mais complicado que atualmente, já que o processo exige passos não muito convencionais.
Para batalhar contra Regirock, Regice e Registeel, o jogador deve, necessariamente, ter um Relicanth no primeiro espaço de seu grupo de Pokémon e um Wailord no último. Com estes monstrinhos em mãos, é preciso encontrar inscrições em Braille ao redor de Hoenn e usar movimentos específicos. Não há dicas sobre o processo dentro do jogo, mas diversos guias e revistas da época continham o passo-a-passo.
7. Regigigas (Diamond, Pearl & Platinum)
Se o trio de titãs da terceira geração exigia muitos passos para ser encontrado, capturar o mestre na quarta geração deles não é tão complicado. Desde que você tenha capturado os três primeiros!
Para encontrar Regigigas, é necessário estar com o trio lendário da geração anterior em seu grupo e só é possível fazê-lo transferindo os monstrinhos de um jogo da terceira geração. Para isso é necessário um Nintendo DS que possua dois slots: um para a versão Diamond, Pearl ou Platinum e outro para o jogo de GBA com o trio.
Feita a transferência, é preciso ir ao Snowpoint Temple e passar por um puzzle no gelo. Caso sua versão do jogo seja a Platinum, Regigigas ainda tem a complicação de aparecer no nível 1, fazendo com que quase qualquer ataque seja capaz de nocauteá-lo de primeira.
6. Raikou, Entei e Suicune (Gold & Silver)
O trio de feras lendárias da segunda geração foi o primeiro grupo de “Pokémon errantes” nos jogos — do inglês, “roaming Pokémon”. Isso significa que eles não possuem um lugar fixo no mapa para aparecer: a cada vez que o jogador muda de rota no jogo, eles também mudam, dificultando o encontro.
Se não bastasse isso, estes Pokémon fogem após um turno de batalha, movendo-se para outra rota. Felizmente, caso o treinador inflija algum dano ou status (como paralisia ou sono) neste turno único, os cães continuam com ele no próximo encontro. Também há a opção de usar o ataque Mean Look, aprendido por fantasmas, que impede a fuga.
Curiosamente, a segunda geração introduziu uma pokébola que supostamente serviria para capturar justamente monstrinhos fujões como Raikou, Entei e Suicune. Por um erro de programação, porém, a Fast Ball não funciona como o planejado e garante a mesma chance de captura de uma pokébola comum. Na versão Crystal, Suicune deixa de ser um Pokémon errante e capturá-lo faz parte da história, enquanto Entei e Raikou continuam aparecendo desta forma.
5. Feebas (Ruby & Sapphire)
Mais um representante de Hoenn para a lista, Feebas é um Pokémon aquático muito peculiar. Além de ter um método de evolução pouco convencional — é preciso alimentá-lo com itens chamados pokéblocks, que aumentam seu status de beleza — encontrá-lo é um processo exaustivo.
O peixe aparece no rio que corta a Rota 119, até aí tudo bem. O que complica as coisas é que ele só pode aparecer em seis pontos específicos, e pior, estes seis pontos são aleatórios e diferentes em cada fita de Ruby, Sapphire e Emerald. Não há outro método para encontrá-lo senão testar cada espaço do rio. Pelo menos, nos seis lugares em que aparece, a chance de encontrá-lo é de 50%.
4. Munchlax (Diamond and Pearl)
A única forma de garantir o dorminhoco Snorlax na quarta geração, sem transferi-lo de outro jogo, é evoluindo o recém-introduzido Munchlax. E apesar da popularidade destes monstrinhos, encontrar um destes não é fácil.
A mecânica do Munchlax lembra a do Feebas: ele só aparece em quatro locais diferentes em cada jogo. O que torna esta caçada ainda mais complexa é que estes locais são árvores que precisam ser banhadas com o item Mel. Feito isso, é necessário esperar de 6 a 8 horas para que um Pokémon apareça na árvore. Supondo que você tenha acertado uma das quatro árvores em que o Munchlax aparece, a chance de encontrá-lo é de 1%. Simples.
3. Manaphy e Phione (Arceus)
O Pokémon Legends: Arceus trouxe diversas inovações à franquia. Além do mundo semi-aberto, um novo sistema de batalha e a possibilidade de capturar Pokémon sem lutar com eles antes, o jogo permite que diversos seres míticos sejam capturados, algo fora de comum na série.
Manaphy e Phione são alguns dos contemplados, mas as exigências para o encontro destes monstrinhos estão entre as mais bizarras nos mais de 20 anos da série. O jogador precisa levar consigo um Mantyke, um Buizel e um Overqwil para atravessar as garras de pedra localizadas na Cobalt Coastland. Isso deve ser feito especificamente no período do entardecer, que dura três minutos no mundo real.
O processo não é nada intuitivo, mas ele está descrito dentro do jogo… só não é no próprio Legends: Arceus! Na biblioteca de Canavele, nos jogos Brilliant Diamond e Shining Pearl, remakes da quarta geração, há um livro que não consta nos jogos originais. Chamado “The Sea’s Legend”, ele descreve a história de um humano que, acompanhado de três Pokémon, encontrou o lendário príncipe dos mares.
2. Pássaros de Galar (Pokémon GO)
Não é só na série principal que existem encontros raros e trabalhosos. As variantes de Galar do trio de pássaros da primeira geração são relativamente fáceis de se capturar em Pokémon Sword & Shield, mas quando o assunto é Pokémon GO a história é outra.
As formas alternativas de Articuno, Zapdos e Moltres aparecem somente quando o jogador usa seu incenso de aventura diário. A partir daí, ele deve se movimentar por 15 minutos — caso contrário nenhum monstrinho aparece — para ter a chance de encontrar um dos pássaros.
Se um deles aparecer, a chance de captura é de 0,3% por pokébola e, caso ele escape, a chance de que ele fuja da luta é 90%.
1. Hoopa Unbound (Pokémon GO)
A versão mais poderosa do Pokémon mítico Hoopa está disponível no Pokémon GO mas não é nada fácil capturá-la. Hoopa Unbound está disponível através de Raids de Elite: batalhas em que um grupo de jogadores se une para derrotar um Pokémon com status elevadíssimos.
Raids não são novidade no jogo mobile, mas, desde o início da pandemia da clique aqui as unidades de saúde onde a vacina está disponível. Nestes mesmos locais, estão sendo aplicadas doses para evitar a influenza. Os testes para detectar a covid-19, o jogo conta com passes que permite que os jogadores participem destes eventos remotamente. No caso das Raids de Elite, isso não é possível, o que faz com que muitos jogadores não consigam reunir um grupo para enfrentar Hoopa, principalmente se não moram em grandes cidades.
Fora as complicações no mundo real, enfrentar Hoopa é um grande desafio e a taxa de captura do Pokémon mítico é extremamente baixa, o que não garante a captura mesmo se um grupo derrotá-lo.