Microsoft x Activision Blizzard: juiz determina bloqueio de compra nos EUA

Em janeiro de 2022 a Microsoft anunciou a compra da Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões (por volta de R$ 332,89 bilhões), o que seria o maior negócio já registrado da indústria dos games. Porém, a compra depende da aprovação de vários órgãos ao redor do mundo. Apesar do bloqueio momentâneo, a Microsoft afirmou estar satisfeita com a medida, pois irá acelerar o processo.

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2 de 4 Microsoft afirma que adicionará Call of Duty, Diablo e Overwatch ao Xbox Game Pass após compra da Activision Blizzard — Foto: Reprodução/Microsoft

Microsoft afirma que adicionará Call of Duty, Diablo e Overwatch ao Xbox Game Pass após compra da Activision Blizzard — Foto: Reprodução/Microsoft

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O FTC afirmou que, sem a liminar, a Microsoft e a Activision Blizzard poderiam fechar o acordo em qualquer momento a partir desta sexta-feira (16). A comissão que aplica a lei antitruste nos Estados Unidos demonstra preocupações que a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, fabricante do Xbox Series X, Xbox Series S e Xbox One, irá diminuir a competitividade no mercado, afetando concorrentes como Sony (PS5, PS4) e Nintendo (Nintendo Switch).

O órgão também demonstrou preocupações semelhantes ao seu equivalente do Reino Unido, a Autoridade de Competição e Mercados (CMA). Ambos temem que a Microsoft possa sufocar a competição em novos mercados em ascensão como games na nuvem.

Já havia um pedido de bloqueio da transação desde o início de dezembro de 2022, e uma audiência de instrução do processo administrativo estava marcada para 2 agosto de 2023. A liminar pedida nesta segunda-feira (12) foi aceita pelo juiz Davila, que a considerou necessária para manter o estado atual das empresas enquanto a queixa do FTC é avaliada.

3 de 4 A compra da Activision Blizzard poderia tornar a série Call of Duty exclusiva dos consoles Microsoft no futuro — Foto: Reprodução/Steam

A compra da Activision Blizzard poderia tornar a série Call of Duty exclusiva dos consoles Microsoft no futuro — Foto: Reprodução/Steam

Uma audiência será realizada nos dias 22 e 23 de junho para decidir se será concedida uma liminar que impede a finalização da compra até o fim do processo de revisão administrativa. A Microsoft terá que oferecer argumentos legais em oposição até o próximo dia 16, sexta-feira.

A Microsoft afirmou que a decisão do FTC de buscar uma corte federal foi “uma atualização bem-vinda e que acelera o processo legal nos Estados Unidos que acabará trazendo mais opções e concorrência ao mercado de jogos. Uma ordem de restrição temporária faz sentido até que possamos receber uma decisão do tribunal, que está se movendo rapidamente”.

A compra da Activision Blizzard pela Microsoft já foi aprovada em órgãos de regulamentação de mais de 40 países, entre eles o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) no Brasil e, recentemente, a Comissão Europeia, em maio. Os maiores obstáculos à compra até o momento têm sido o FTC, dos Estados Unidos, e a CMA, do Reino Unido, a qual negou a compra em abril, mas terá um processo de apelação pela Microsoft.

4 de 4 Xbox Cloud Gaming tem sido um dos pontos centrais da discussão dos órgãos regulamentadores sobre compra da Activision Blizzard pela Microsoft — Foto: Divulgação/Microsoft Gaming

Xbox Cloud Gaming tem sido um dos pontos centrais da discussão dos órgãos regulamentadores sobre compra da Activision Blizzard pela Microsoft — Foto: Divulgação/Microsoft Gaming

A Activision Blizzard, empresa conhecida por títulos como Call of Duty: Modern Warfare 2 2022 e Diablo 4, poderia ter suas franquias transformadas em exclusivos dos consoles Xbox, apesar de a Microsoft afirmar que não há interesse em retirá-las dos concorrentes. Também há a possibilidade de serem adicionadas ao Xbox Game Pass caso a compra seja consolidada pela Microsoft, o que seria bastante vantajoso para a empresa, assim como para seus clientes.

Em vários órgãos regulamentadores a Sony ofereceu argumentos de que não poderia se manter competitiva sem a franquia Call of Duty, porém a maioria deles não considerou a competição entre Sony, Microsoft e Nintendo como ponto central para impedir a compra. As principais preocupações dos órgãos tem sido, justamente, sobre o domínio da Microsoft no mercado em ascensão de jogos na nuvem, onde a empresa tem participação com o Xbox Cloud Gaming.

A Comissão Europeia, por exemplo, aprovou a compra com certas condições, como a empresa ter que fornecer os jogos da Activision Blizzard na nuvem pelos próximos 10 anos em serviços concorrentes. A Microsoft chegou a oferecer acordos semelhantes para Sony e Nintendo nos quais se comprometia a lançar a franquia Call of Duty nos consoles rivais pelos próximos 10 anos. A Sony não aceitou o acordo, mas a Nintendo concordou e, se a compra for completada, é possível que a franquia chegue no console híbrido da gigante japonesa.

Com informações de Reuters, Video Games Chronicles

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