Interior

ONG denuncia sumiço de duas indígenas na região de fronteira e pede ajuda ao MPF

Local onde o corpo de Alex Lopes foi encontrado, na região de Coronel Sapucaia (Foto: ABC Color)
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Segundo grupo, duas jovens indígenas teriam sido sequestradas e podem estar mortas

Local onde o corpo de Alex Lopes foi encontrado, na região de Coronel Sapucaia (Foto: ABC Color)
Local onde o corpo de Alex Lopes foi encontrado, na região de Coronel Sapucaia (Foto: ABC Color)

Coletivo de mulheres guarani e kaiowá Kuñangue Aty Guasu denunciou o desaparecimento de duas jovens indígenas em Amambai, que teria ocorrido ontem (29), em uma área de conflito, a dez quilômetros da área urbana do município. O grupo fez apelo nas redes sociais, alegando que há indícios de que elas teriam sido mortas.

Segundo a voluntária da OKA (Observatório Kunangue Aty Guasu), Aghata Pimenta, as duas jovens sumiram em trajeto entre a área de retomada, denominada como Tujury, Guapo´y Mirin e a Aldeia Limão Verde. Não há informação sobre a denominação dessa área na região.

Na postagem nas redes sociais, consta que as jovens teriam sido arrastadas para milharal e que teriam sido ouvidos os gritos vindos de galpão usado por seguranças privados dos produtores rurais.  Não há informação da identidade ou idade das indígenas.

Depois de tempo, não se ouviu mais nenhum barulho e, por isso, a hipótese é que elas tenham sido mortas. “A comunidade teme novos ataques. Nós solicitamos URGENTE a presença do Ministério Público De Ponta Porã naquela região”, consta na publicação.

Aghata diz que o grupo procurou a PF (Polícia Federal) para denunciar o caso, mas não ainda não teve retorno. Os indígenas, segundo ela por medo, não procuraram a PF ou qualquer outra polícia Civil ou Militar por medo.

Na região, a PF já investiga a  morte de Alex Recarte Vasques Lopes, 18 anos. Ele foi encontrado no dia 21 de maio, a poucos metros da divisa entre Brasil e Paraguai, na zona rural entre Coronel Sapucaia e Capitan Bado. No corpo havia marcas de cinco tiros.

A reportagem entrou em contato com a PF que disse que irá averiguar informações sobre a denúncia. Também disse que se houver relação entre os casos, isso se evidenciará nos procedimentos investigatórios. O MPF ainda não se pronunciou sobre o questionamento enviado.

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