A Oi decidiu adiar divulgação dos seus resultados financeiros de 2022. Aviso veio na sexta-feira (21), no qual a operadora remarcou apresentação para 22 de maio, em sequência a outra – bem esperada – de seu plano de recuperação judicial.
Atraso aconteceu, principalmente, por conta das negociações em andamento com grupo de credores financeiros, conforme explicou a operadora. Empresa entrou com segundo pedido de proteção contra falência em março, alguns meses após sair de um processo semelhante.
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O que se sabe
A Oi, no entanto, divulgou números preliminares. Eles mostram que a operadora teve receita líquida consolidada de R$ 2,62 bilhões no quarto trimestre de 2022.
Já seu lucro rotineiro antes de juros, impostos, depreciação e amortização para operações brasileiras no período foi de R$ 320 milhões. A posição de caixa da empresa, no final de 2022, era de R$ 3,22 bilhões, acrescentou.
Numa apresentação separada de valores mobiliários, operadora disse que firmou contrato de compra de notas com alguns credores financeiros. Objetivo é estabelecer termos e condições para um devedor aprovado pelo tribunal em posse de financiamento de US$ 275 milhões (R$ 1,4 bilhão, aproximadamente).
Recuperação judicial
A Oi pediu pela segunda recuperação judicial – esta no Brasil – e declarou R$ 43,7 bilhões em dívidas no começo de março. Pedido veio após empresa fazer o mesmo nos EUA, em fevereiro, por meio da “Lei de Falências” do país.
Essa nova tentativa de sair do vermelho também veio cerca de três meses após o fim da primeira recuperação judicial da empresa, que começou em 2018 e terminou em dezembro de 2022. Relembre o caso:
- Após acumular uma dívida de R$ 65 bilhões, Oi entrou com o primeiro pedido de recuperação judicial em junho de 2016 no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro;
- Plano foi aprovado em fevereiro de 2018;
- Em fevereiro de 2022, bancos pressionavam empresa na Justiça para resgate das dívidas;
- Também em fevereiro, Oi disse, em nota, que cumpriu todas as obrigações da primeira recuperação judicial.
Com informações da Reuters
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Fonte: Olhar Digital