Como parte da 6ª Semana Nacional de Arquivos, foi realizada na manhã desta sexta-feira (10), no auditório do Museu de Arqueologia da UFMS, a Oficina de Preservação e Conservação de Documentos. O ministrante, Prof. Dr. Rodrigo Pereira, falou sobre os procedimentos na conservação preventiva de documentos e a sua importância na conservação de documentos históricos.
O secretário de Estado de Cidadania e Cultura, Eduardo Romero, deu as boas-vindas aos participantes. Ele falou sobre a importância das parcerias institucionais para ampliar conhecimentos e discutir políticas públicas. “Equipamentos como museus e arquivos públicos estão aí para a sociedade, e dominar as técnicas necessárias para o atendimento fazem toda a diferença. É necessário ressignificar esses espaços como um outro jeito de pensar a sociedade. Que a gente possa tirar as experiências dessa oficina para o nosso dia a dia”.
O coordenador do Arquivo Histórico Estadual, Douglas Alves da Silva, comentou sobre a importância das parcerias entre Governo do Estado e prefeitura de Campo Grande na realização de eventos como esta oficina. “As parcerias são importantes pois sem elas nós não vamos a lugar nenhum, nós não caminhamos. Então precisamos sempre fazer essa troca entre instituições que têm o mesmo objetivo, como é o caso da salvaguarda da história e da memória documental, no caso do Arquivo Público Estadual de Mato Grosso do Sul e do .Arquivo Histórico de Campo Grande, ligado à Sectur. Essa parceria vem de longa data, sempre participamos em conjunto da Semana Nacional de Arquivos”.
Rodrigo Pereira explicou que o curso trata especificamente de aspectos relacionados à conservação preventiva de documentos históricos. “Então há uma parte de nivelamento, instrucional, de como esses procedimentos precisam ser aplicados, e depois uma parte prática, em que faremos a ação, aplicaremos a prática do processo de conservação preventiva”.
Para ele, “conservar a nossa documentação histórica é perpetuar a própria história o nosso povo, da nossa comunidade, das pessoas e das organizações”. “Portanto, quando eu não conservo preventivamente, eu pago um preço altíssimo em tentar reverter o processo de degradação do documento fazendo uma restauração. Portanto a conservação preventiva nos auxilia a dar longevidade no documento para efeito de acesso, de uso e, claro, para o estabelecimento da identidade de um povo”.
A arquivista do Museu de Arqueologia da UFMS Luana Moura decidiu participar do curso porque no MuArq, durante seu trabalho, ela pode utilizar os conhecimentos adquiridos. “Eu trabalhei com documentos físicos antes de vir trabalhar no MuArq, eu gosto muito dessa área, por mais que agora eu não trabalhe mais com documentos, eu acho que ela é muito interessante, ela dá a durabilidade e longevidade aos documentos, então acho que isso se encaixa em qualquer área. Pode ser que aqui no Museu de Arqueologia eu vá encarar alguma documentação assim”.
Na manhã desta sexta-feira foram repassados aos participantes os conhecimentos teóricos relativos à temática abordada. A parte prática vai ser realizada numa outra data, a ser estabelecida em conjunto com todos.
Texto e fotos: Karina Lima, FCMS