O óculos inteligente da Meta em parceria com a Ray-Ban, lançado há quase dois anos, tem lutado para atrair até quem os comprou. Isso porque grande parte dos proprietários parecem estar usando os dispositivos com pouca frequência, de acordo com dados internos da empresa.
Para quem tem pressa:
- Os óculos inteligentes da Meta em parceria com a Ray-Ban, lançados há quase dois anos, têm lutado para atrair até quem os comprou;
- Grande parte dos proprietários parecem estar usando os dispositivos com pouca frequência, de acordo com dados internos da empresa;
- O aparelho, parte importante da estratégia de hardware da Meta, permite ao usuário tirar fotos e ouvir música com a armação dos óculos, entre outras funcionalidades;
- Apesar dos números iniciais ruins, a Meta espera lançar a segunda geração de seus Ray-Ban Stories no final de 2023 ou começo de 2024;
- A segunda geração do Ray-Ban Stories virá com maior autonomia de bateria, câmeras melhores e mais opções de armação.
Menos de 10% dos Ray-Ban Stories adquiridos desde o lançamento do produto, em setembro de 2021, são usados ativamente pelos seus donos, segundo um documento de fevereiro da empresa, revisado pelo The Wall Street Journal.
Leia mais:
Ray-Ban da Meta
A empresa tinha vendido um total de 300 mil óculos inteligentes Ray-Ban até fevereiro. Mas a Meta tinha apenas cerca de 27 mil usuários ativos mensais.
O aparelho, parte importante da estratégia de hardware da Meta, permite ao usuário tirar fotos e ouvir música com a armação dos óculos, entre outras funcionalidades. Ele experimentou uma taxa de retorno de 13%, de acordo com o documento.
Entre os principais impulsionadores da má experiência do usuário estavam problemas com:
- Áudio;
- Comandos de voz;
- Conectividade;
- Importação de mídia;
- Recursos de hardware (duração da bateria, por exemplo).
Também precisamos entender melhor por que os usuários param de usar seus óculos, como garantir que estamos incentivando a adoção de novos recursos e, finalmente, como manter nossos usuários engajados e retidos.
Trecho de documento da Meta
Um porta-voz da Meta se recusou a comentar sobre o documento.
Próxima geração
Apesar dos números iniciais ruins, a Meta espera lançar a segunda geração de seus óculos inteligentes Ray-Ban Stories no final de 2023 – a tempo da temporada de compras natalinas – ou começo de 2024, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
Os óculos inteligentes foram desenvolvidos em parceria com a EssilorLuxottica, que fabrica e comercializa diversos tipos de óculos, incluindo marcas como Ray-Ban e Oakley. Um porta-voz da EssilorLuxottica se recusou a comentar sobre o assunto.
Os Ray-Ban Stories representam uma das parcerias mais importantes para a divisão Reality Labs da Meta, que acumulou uma perda operacional de quase US$ 8 bilhões (aproximadamente R$ 39 bilhões) nos primeiros seis meses de 2023 e espera ver sua perda operacional aumentar significativamente em 2024, de acordo com executivos.
A empresa lançou a primeira versão do dispositivo cerca de um mês antes de mudar seu nome de Facebook para Meta, como parte da visão do CEO Mark Zuckerberg de construir o metaverso.
Outras empresas de tecnologia têm lutado para fabricar óculos inteligentes – entre elas, o Google, que descontinuou seu Google Glass.
Espera-se que a nova versão, assim como a atual, não tenha recursos que seriam categorizados como realidade aumentada, que permite que dispositivos vestíveis projetem ou sobreponham conteúdo ao que uma pessoa está vendo no mundo real.
A segunda geração do Ray-Ban Stories virá com maior autonomia de bateria e melhores câmeras. E estará disponível em mais modelos de armações Ray-Ban, disseram as pessoas familiarizadas com o assunto.
A tecnologia de óculos inteligentes está atualmente disponível em três modelos Ray-Ban.
Precursor de uma tendência?
Os executivos da Meta veem o Ray-Ban Stories como um antecessor dos óculos de realidade aumentada, que espera lançar nos próximos anos.
A Apple apresentou recentemente seu headset Vision Pro, num evento em junho.
Zuckerberg e outros líderes da empresa disseram que o trabalho da Meta nessa área é essencial para se tornar um player dominante no que pode ser a próxima grande plataforma de computação a surgir.
Com informações de The Wall Street Journal (em inglês, com paywall)
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Fonte: Olhar Digital