A realidade mista é um conceito que mistura o mundo real com a realidade virtual por meio da projeção de elementos interativos no espaço. Tais simulações são feitas, principalmente, a partir de aparelhos (headsets) que transformam o ambiente em que o usuário está em uma tela infinita onde apps são exibidos.
É o que faz, por exemplo, o Apple Vision Pro. Os óculos de realidade mista lançados em 2024 possibilitam o uso de diferentes apps conhecidos em um novo formato, com maior imersão e interatividade. Dá para ensaiar uma apresentação como se você estivesse diante de uma plateia, por exemplo, ou assistir a filmes e séries em uma tela gigante projetada no ar.
Qual a diferença entre realidade aumentada e mista?
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Apesar de os dois conceitos se confundirem, há uma diferença clara entre eles. Enquanto a realidade aumentada apenas adiciona elementos a um espaço real, a ideia trazida pelos óculos de realidade mista da Apple e de outras fabricantes é que os objetos estejam ancorados em objetos como os móveis de uma sala, chegando até a interagir com eles.
A diferença fica mais fácil de entender com exemplos. O jogo Pokémon GO é um dos mais conhecidos de app de realidade aumentada, projetando versões virtuais dos personagens no mundo real. Eles podem ser visualizados e capturados pela tela do celular, mas não reconhecem nem interagem com a sala ou com o que acontece na rua.
Já o Vision Pro é definido pela Apple como o primeiro “computador espacial”; não tem nada a ver com o espaço sideral, mas sim com aplicativos que se misturam ao que está diante dos olhos do usuário. A ideia é que as janelas de reunião, telas de entretenimento e documentos sendo editados, entre outros exemplos, pareçam presentes no espaço que mistura real e virtual, sendo dispostos sobre uma mesa ou como se uma TV estivesse no meio da sala.
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Realidade mista no celular e outros dispositivos
Quem não pode pagar os milhares de dólares do Apple Vision Pro também pode contar com alguns aplicativos de realidade híbrida no celular. A Apple, por exemplo, tem recursos integrados ao iOS que permitem medir um objeto ou ambiente usando apenas a câmera do celular e o reconhecimento das imagens capturadas.
Outro exemplo bastante lembrado é o Google Glass, finados óculos de realidade aumentada (mas também mista) lançado em 2013 pelo Google. Enquanto informações sobre o clima, notícias ou redes sociais podiam ser acessadas em uma pequena tela diante dos olhos do usuário, também era possível obter rotas e horários de funcionamento de um estabelecimento em tempo real, com os resultados aparecendo sobre a realidade.
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A loja de departamento dos EUA IKEA possui soluções que permitem inserir móveis digitais para testar a decoração, assim como a marca de tintas brasileira Suvinil, cujo app permite visualizar as cores disponíveis na parede de casa, antes de colocar o pincel para trabalhar.
Acredite, estes são apenas alguns exemplos de uma tecnologia ainda incipiente, mas que vem sendo explorada profundamente pelas empresas do setor.