Nesta semana, um objeto estranho atingiu uma mulher na França, e o assunto repercurtiu devido à possibilidade de se tratar de um meteorito. Enquanto isso, o Sol liberou uma erupção solar que durou nada menos que quatro horas ininterruptas, ejetando massa de sua coroa rumo ao espaço. Não só isso, como também emitiu uma boa quantidade de plasma escuro.
Confira os resumos dessas e outras notícias de astronomia que se destacaram durante a semana.
O objeto que atingiu uma mulher na França
Enquanto tomava café em uma varanda na França, uma mulher foi atingida por um objeto composto por uma mistura de ferro e silício. As circunstâncias inusitadas do incidente e a composição da rocha, analisada pelo geólogo Thierry Rebmann, levaram a crer que se tratava de um meteorito. No entanto, outros pesquisadores descartaram essa explicação.
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Vallée de la Bruche : une météorite percute une habitante de Schirmeck 🔽https://t.co/G1MBLAZU4P
— DNA (@dnatweets) July 13, 2023
Jeremie Vaubaillon, astrônomo do Observatório de Paris, disse que a rocha (imagem acima) tem pontas demais para ter enfrentado uma reentrada na atmosfera terrestre. Os meteoritos costumam ser mais arredondados por causa do atrito e super aquecimento durante essa travessia. Além disso, um objeto desse tamanho teria formado uma trilha luminosa no céu e certamente alguém teria notado, mas não houve nenhum registro de meteoro caindo naquele momento.
O asteroide sorrateiro
No dia 13 de julho, o asteroide 2023 NT1, de 60 m e diâmetro, se aproximou da Terra a uma distância bem mais curta do que aquela entre a Lua e nosso planeta. Apesar disso, ele foi descoberto somente dois dias depois, quando já se distanciava.
Newly-discovered #asteroid 2023 NT1 passed about 1/4 the Moon’s distance on July 13, but wasn’t discovered until July 15, as it approached Earth in the daytime sky. It may be as large as 60 meters across, possibly larger than the asteroid that caused Meteor Crater in Arizona. pic.twitter.com/VLXB4ChTMJ
— Tony Dunn (@tony873004) July 16, 2023
A dificuldade na detecção antes da aproximação é porque a rocha espacial veio da direção do Sol, onde é difícil para os telescópios distinguirem qualquer objeto pequeno. Embora não tenha representado nenhum risco, serve como exemplo de asteroides que ainda não foram detectados e podem ser relativamente ameaçadores.
A erupção solar escura
O Sol emitiu uma erupção peculiar: plasma escuro saiu de sua superfície. Mas não se trata de nada exótico, como a matéria escura; é apenas uma diferença de temperaturas. O plasma escuro nada mais é do que uma nuvem mais fria do que a luminosidade do Sol ao fundo (embora mesmo assim este plasma seja incrivelmente quente, na perspectiva terrestre).
Além disso, várias ejeções de massa coronal ocorreram em nossa estrela, algumas delas em nossa direção, causando tempestades geomagnéticas leves.
O objeto misterioso em praia australiana. Lixo espacial?
Um objeto cilíndrico foi encontrado numa praia próxima da cidade de Jurien Bay, na Austrália, chamando a atenção dos moradores locais. A Agência Espacial Australiana publicou fotos dele e conduziram uma investigação, mas muitos já especularam que se trata do terceiro estágio do foguete LVM3, que lançou a missão Chandrayaan-3 na última semana.
We are currently making enquiries related to this object located on a beach near Jurien Bay in Western Australia.
The object could be from a foreign space launch vehicle and we are liaising with global counterparts who may be able to provide more information.
[More in comments] pic.twitter.com/41cRuhwzZk
— Australian Space Agency (@AusSpaceAgency) July 17, 2023
Apesar da suspeita, é possível notar o acúmulo de algas e seres marinhos, indicando que o objeto está ali há bem mais de uma semana. Portanto, pode ser lixo espacial de outra missão, mas apenas uma análise mais criteriosa fornecerá mais informações.
O planeta troiano ao redor de uma estrela
Ao redor da estrela PDS 70, localizada a aproximadamente 370 anos-luz da Terra, existem dois planetas de tamanho semelhante ao de Júpiter, mas o que os astrônomos ainda não sabiam é que um deles, chamado PDS 70b, tem o que parece ser uma nuvem de detritos que pode abrigar um planeta troiano.
Asteroides troianos são aqueles que compartilham órbitas com planetas, como é o caso da coleção gigante de rochas espaciais que acompanham Júpiter de ambos os lados de sua órbita ao redor do Sol. Um planeta troiano, portanto, é aquele que compartilha o mesmo trajeto de outro planeta. Ainda não podemos afirmar com certeza que este é o caso do PDS 70 b, mas os cientistas esperam descobrir logo, com novas observações.
O cometa verde
O cometa C/2022 E3, ou “cometa verde”, foi filmado por um astrofotógrafo durante todo o mês de janeiro e, agora, ele publicou uma compilação dessas filmagens para mostrar as mudanças da atividade do objeto.
O vídeo mostra alguns comportamentos bem interessantes, como uma “anticauda” que apareceu e se expandiu em direção ao Sol. Conforme a Terra cruzou o plano orbital do cometa, a cauda dele pareceu mudar de ângulo em nossa perspectiva.
A erupção solar de quatro horas
As surpresas do Sol continuaram durante a semana com uma erupção que durou quatro horas, um período mais longo do que o de costume, e causou uma ejeção de massa coronal significativa e uma tempestade de radiação solar na Terra.
Apesar do nome assustador, a tempestade de radiação solar normalmente não é nada perigosa. Ela ocorre quando os prótons acelerados por uma erupção chegam à atmosfera da Terra (não confundir com as partículas arremessadas em uma ejeção de massa coronal). Nesse caso, a tempestade foi classificada como S 2, que é considerada moderada, e não causou problemas.
A pista para descobrir a origem do Oumuamua
Uma nova pesquisa propõe que a natureza misteriosa do Oumuamua, o primeiro objeto interestelar descoberto pela humanidade em nosso Sistema Solar, poderia ser desvendada com base na sua velocidade em relação ao próprio Sol.
A ideia é analisar a velocidade considerando a morfologia da Via Láctea, o que pode revelar se ele veio do mesmo disco “fino” onde o Sistema Solar está localizado ou do disco “grosso”. Se os astrônomos conseguirem determinar isso, será possível também deduzir sua composição, já que o disco grosso contém menos elementos pesados do que as estrelas do disco fino.
Leia a matéria no Canaltech.
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