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A última semana foi recheada de descobertas, junto de outras que ainda precisam de comprovação sobre estrelas misteriosas, buracos negros e outras estruturas estranhas do universo.
Caso você tenha perdido alguma dessas notícias, separamos as que tiveram maior destaque em nosso tradicional resumo semanal.
A bola de espelhos para ver o eclipse
Bolas de espelhos de discotecas podem ser usadas para ver o eclipse solar, sem a necessidade de óculos de proteção. Claro, você não vai olhar para o Sol, mas sim para os reflexos criados nas paredes pelos vários espelhos do globo. A proposta foi feita por um novo estudo científico, cujos autores fizeram testes em um observatório universitário.
Segundo eles, cada observatório com fins educacionais deveria ter um desses para mostrar como a óptica funciona. A luz solar deve entrar por alguma janela, por exemplo, e atingir o globo para que os espelhinhos projetem reflexos pela sala. Em casos de eclipses solares, o reflexo vai ser o de uma esfera branca sendo coberta gradualmente por uma sombra.
O plano da SpaceX para ir a Marte nessa década
Elon Musk já reconheceu que seu sonho de pousar em Marte até 2024 não vai se concretizar, mas isso não significa que ele pretende demorar muito tempo para tentar. Durante o Congresso Internacional de Astronáutica (IAC) na quinta-feira (5), o empresário previu que o Starship pode ir ao Planeta Vermelho dentro de quatro anos.
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Entretanto, isso vai depender do próximo teste de voo do Starship, que deve acontecer em breve. Além disso, Musk revelou que no próximo ano o propulsor Super Heavy vai conseguir retornar ao local de lançamento, se sustentando brevemente no ar para ser “agarrado” pelas estruturas da torre de lançamentos.
O reencontro da estrela desaparecida em 2009
A estrela N6946-BH1, desaparecida em 2009 após um surto de brilho intenso, foi finalmente encontrada pelo telescópio James Webb. Para a surpresa dos cientistas, o objeto é não uma única estrela, mas sim um sistema de três delas.
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Pouco antes de desaparecer, N6946-BH1 brilhava com intensidade equivalente à de um milhão de sóis e, por isso, os cientistas acharam que estavam prestes a assistir uma explosão incrível de supernova. Para decepção de todos, o objeto simplesmente sumiu, levando astrônomos a cogitar que a estrela se tornou um buraco negro. Agora, apesar de saberem que ali há um sistema múltiplo, mas ninguém descobriu ainda o que aconteceu com os objetos após 2009.
As casas na Lua impressas em 3D
A NASA planeja usar impressão 3D para contruir casas na Lua, visando a permanência humana por lá a partir das próximas décadas. As casas seriam usadas tanto por astronautas profissionais quanto por civis por volta de 2040, caso os planos da agência espacial para o Programa Artemis deem certo.
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Para isso, uma impressora 3D vai ser levada à Lua, onde vai construir as estruturas habitacionais a partir do regolito lunar e rochas. Esses recursos vão ser transformados em um material chamado Lavacrete, que é patenteado pela empresa de tecnologias de construção ICON. A companhia é parceira da NASA neste projeto.
O buraco negro supermassivo giratório
Os astrofísicos já imaginavam que isso pudesse acontecer, mas agora é oficial: um buraco supermassivo está girando em alta velocidade, com movimentos de precessão semelhantes ao da Terra. Em outras palavras, seu eixo está ligeiramente desalinhado com o disco de acreção.
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Para essa descoberta, os cientistas usaram dados de vários telescópios dos últimos anos e, com isso, eles encontraram um ciclo recorrente de 11 anos no movimento de precessão da base do jato. Ou seja, além de girar, seu eixo oscila de um lado para o outro, como se fosse um pião perdendo velocidade.
A supernova que enviou isótopo raro de ferro à Terra
Um isótopo raro de ferro, produzido exclusivamente durante um determinado tipo de explosão estelar, foi encontrado na Terra com idade correspondente a duas supernovas distintas: uma há 3 milhões e outra há 7 milhões de anos. Agora, os astrônomos conseguiram determinar o quão próximas da Terra essas supernovas ocorreram.
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Segundo os resultados, a primeira supernova ocorreu em algum lugar entre 163 a 212 anos-luz de nosso planeta, enquanto a outra explodiu a 359 anos-luz de nós. Essas distâncias são muito próximas, mas não o suficiente para representar qualquer ameaça à vida na Terra. Por outro lado, estavam perto o bastante para nos mandar um pouco do isótopo Fe-60 de “presente”.
A possível detecção de cordas cósmicas
Duas galáxias distantes são tão parecidas que só poderiam ser explicada por um evento de lente gravitacional, ou seja, há somente uma galáxia. A lente deveria ser causada por uma galáxia massiva em primeiro plano, duplicando a imagem daquela mais distante. Contudo, não há nenhuma galáxia no primeiro plano, e uma equipe de cientistas acha que a lente gravitacional pode ter sido formada por cordas cósmicas.
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Cordas cósmicas são defeitos topológicos no universo durante uma transição de fase nos primeiros instantes após o Big Bang, como fissuras se formam no gelo à medida que a água é congelada. As cordas cósmicas nunca foram detectadas antes, então o novo estudo pode ser uma descoberta revolucionária, mas ainda vai ser preciso apresentar mais evidências antes de ser considerada verdadeira.