No Brasil, a quantidade de influenciadores digitais já é maior que a de muitas outras profissões, como médicos e advogados. Essa é uma tendência mundial. Ao mesmo tempo, estamos em um período em que as redes sociais são rediscutidas em diferentes países. Por aqui, fala-se em regulamentar as plataformas digitais. Nos Estados Unidos, até o banimento do TikTok é avaliado.
- Os EUA têm o maior número de influenciadores no mundo, com 13,5 milhões de pessoas — montante um pouco superior ao do Brasil.
- Com 10,5 milhões de influencers somente no Instagram, o Brasil é líder nessa rede social.
- No Brasil, esses dados são equivalentes a oito vezes o número de advogados ou quase 20 vezes o número de médicos — segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM).
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Em entrevista ao Extra, a professora de Pesquisa e Comportamento do Consumidor da ESPM Karine Karam explicou que o sucesso dos influenciadores tem a ver com o uso massivo das redes sociais. Com esse processo, a atenção aos meios tradicionais de comunicação se dividiu. No entanto, o caminho de conquistas não é simples:
Marketing “de gente” é algo muito complexo. Ainda que você pense em preço, construa uma audiência, produza um conteúdo de qualidade, existe a subjetividade. E a autenticidade é um valor muito importante, porque tudo em consumo tem a ver com identificação. Viralizar também não é simples, e, mesmo quando acontece, não é perene. Então, há uma estrada a ser percorrida e que não garante sucesso.
Karine Karam, professora de Pesquisa e Comportamento do Consumidor da ESPM, em entrevista ao Extra.
A forma de monetizar com a influência nos veículos digitais se dá principalmente através das famosas “publis”, onde são realizadas parcerias pagas para a divulgação de produtos e/ou serviços. Também é comum a participação de campanhas publicitárias maiores, que vão desde propagandas a aparições televisionadas sobre o foco do patrocínio.
”Quando um produto é lançado, a marca busca as lacunas. É uma fórmula complexa que envolve pesquisa de mercado, onde se busca entender como e o que tem agradado o público, o que faz falta, como ele se vê representado”, afirma Karine.
Com informações do Extra.
Imagem destacada: Natali Kuzina / Shutterstock
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Fonte: Olhar Digital