Motorista de aplicativo obrigou vítima a chamá-lo de “gostosão” durante abuso

Adriano da Silva Vieira preso por ameaça e tentativa de estupro continua preso, conforme determinação judicial

Adriano pegando a mala da ultima vitima do ataque. (Foto: Retirada do processo)

O motorista de aplicativo, Adriano da Silva Vieira, de 38 anos, pediu para que uma da vitimas o chamasse de “gostosão” enquanto o masturbava. A vítima, de 54 anos, contou à polícia que antes o homem pulou no banco de trás e disse “eu não quero dinheiro, quero que você faça coisas comigo”.

Esse é mais um relato feito contra Vieira, preso no dia 9, após denúncias de passageiras. Hoje, em audiência de custódia, a Justiça homologou a prisão temporária de 30 dias. No despacho, o juiz plantonista Albino Coimbra Neto se limitou a verificar a preservação dos direitos constitucionais do custodiado.

Pela Polícia Civil, Vieira foi indiciado por ameaça, importunação sexual e tentativa de estupro.  Adriano, o “Chaveirinho” foi preso temporariamente, na última quinta-feira (9), após confessar abusar de três passageiras em Campo Grande.

O motorista chegou a ser detido por policiais da 6ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar), na madrugada da última terça-feira (7), mas foi liberado após prestar depoimento e negar o crime.

No entanto, novas diligências da Deam levaram a mais duas vítimas e confirmação da identidade do suspeito. Então, a polícia pediu mandado de prisão temporária, que foi determinado pela Justiça.

Choque – No relato feito pela vítima de 54 anos, consta que, no dia 29 de maio, ela estava em frente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário. Na chegada do motorista, notou que o veículo era outro e o condutor informou que havia trocado e que o aplicativo ainda não havia atualizado o sistema.

Depois que o motorista a chamou pelo nome e falou itinerário, entrou no carro. Vieira mudou o trajeto, dizendo que precisava entregar objeto a uma pessoa. Em seguida, parou o veículo e disse “eu não quero dinheiro, eu quero que você faça coisas comigo”. A vítima contou que foi ameaçada, dizendo que a levaria para matagal.

O condutor foi para o banco de trás, exibiu o órgão gential e mandou que a mulher o tocasse, obrigando a dizer que ele era “gostosão”. A todo momento, exigia que ela ficasse quieta, “senão seria pior”. Depois disso, a vítima foi levada até sua casa, em choque e, por esse motivo, ela acredita que o homem não tenha seguido com estupro.

Último ataque: No caso mais recente, ocorrido na madrugada do dia 6 de junho, a mulher contratou a corrida da Rodoviária de Campo Grande para o Bairro São Francisco, por volta das 4h30 de segunda, dia 6. Ela havia acabado de chegar de viagem de Ponta Porã e ia para casa. Assim que entrou no veículo Ford Ka, ela percebeu que o motorista encerrou a corrida. A passageira decidiu seguir viagem, mas ligou para o marido e o manteve na linha.

 A mulher acredita que o ataque tenha acontecido na região da Vila Progresso. A vítima conseguiu identificar o local, na Rua Estevão Capriata. Ela sofreu um arranhão no rosto e conta que o homem travou as portas do carro. Na gravação do telefonema, é possível ouvir o momento que o motorista parte para cima dela e ela reage, gritando.

A vítima conseguiu descer do carro, correu em direção a um posto de combustível e chamou socorro com um celular de uma pessoa que passava pelo local. O aparelho dela foi localizado depois, através do GPS, uma vez que a moça havia compartilhado a localização em tempo real com o marido. O celular havia sido descartado pelo motorista de aplicativo.

Os policiais da 6ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar), que atenderam a ocorrência, trabalharam na tentativa de identificar o agressor e no decorrer das buscas, encontraram primeiro uma bolsa da mulher, onde estavam seus cartões, joias e documentos pessoais. Na sequência, acharam outra mala, que havia sido descartada. Nela, estavam roupas e mochila com um notebook, além de nécessaire com produtos de higiene pessoal, como cosméticos e perfumes.

Os militares foram até a Rodoviária de Campo Grande e, por meio das câmeras de segurança, conseguiram identificar a placa do carro de aplicativo e depois, o suspeito. Ele foi detido e levado para a Deam, onde prestou depoimento e negou a tentativa de estupro. Em seguida, como já havia passado a circunstância de flagrante, ele foi liberado.

Adriano já foi expulso da plataforma Uber, conforme informado ontem pela empresa ao Campo Grande News

Fonte

Mostre mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor desativar seu adblock para continuar!