Microsoft finaliza compra da Activision Blizzard após 20 meses; veja vídeo

A aquisição foi concluída nesta sexta-feira, 13, como já indicavam rumores, horas após o último entrave ter sido resolvido com o órgão CMA (Autoridade de Competição e Mercados) do Reino Unido, que deu um parecer positivo para a compra. Veja detalhes da negociação a seguir.

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A compra da Activision Blizzard pela Microsoft significa que a dona da marca Xbox agora detém os direitos de uma enorme quantidade de franquias como Call of Duty, World of Warcraft, Overwatch 2, Diablo 4, StarCraft 2, Guitar Hero, Spyro the Dragon, Crash Bandicoot, Pitfall!, Candy Crush Saga, entre outras. Vale lembrar que a aquisição da Activision Blizzard traz com ela todos os estúdios da empresa, como Infinity Ward, Raven Software, Sledgehammer Games, Treyarch, Toys for Bob, Beenox, High Moon Studios e a divisão mobile da King (Candy Crush).

Phil Spencer, chefe do Xbox comentou em uma postagem oficial no Xbox Wire que a promessa de “levar alegria e a comunidade dos jogos a mais pessoas” continua com a nova aquisição. Essa maior disponibilidade dos games, inclusive, foi um dos argumentos usados pela empresa para justificar a compra. “Faremos isso em uma cultura que se esforça para capacitar todos a fazerem seu melhor trabalho, onde todas as pessoas são bem-vindas e que se baseia em nosso compromisso contínuo com o slogan ‘Jogos para Todos'”, concluiu o executivo.

Spencer também comentou que, a partir de hoje, a empresa começa a trabalhar para trazer os jogos da Activision Blizzard para o Xbox Game Pass. Em uma postagem anterior da Activision Blizzard, a produtora já havia comentado que espera que seus títulos comecem a ser adicionados ao serviço em 2024 e que seus lançamentos mais recentes Call of Duty: Modern Warfare 3 e Diablo 4 não deverão chegar ainda esse ano ao Xbox Game Pass.

O CMA foi o maior obstáculo na compra da Activision Blizzard pela Microsoft, sob preocupações que a aquisição poderia dar uma desvantagem excessiva para e empresa no recente mercado de jogos na nuvem, como o Xbox Cloud Gaming. Para receber a aprovação do órgão, a Microsoft teve que ceder os direitos de jogos na nuvem de títulos já existentes da Activision Blizzard para a Ubisoft permanentemente.

Algo semelhante aconteceu na proposta da empresa para a Comissão Europeia, na qual cedeu os direitos dos games na nuvem por 10 anos para rivais como GeForce Now. Em outros países, como no caso dos Estados Unidos, a Microsoft também precisou oferecer garantias de que não pretendia tornar séries como Call of Duty exclusivas, afirmando o compromisso de manter, por 10 anos, os lançamentos dos games da franquia nos consoles PlayStation 4 (PS4) e PlayStation 5 (PS5), da Sony, além do Nintendo Switch, da Nintendo.

Apesar da conclusão da compra, a Microsoft ainda passará por novas investigações nos Estados Unidos pela FTC (Comissão Federal de Comércio), também por preocupações sobre monopólio. O órgão, no entanto, não conseguiu uma liminar para proibir a aquisição da empresa previamente e, por isso, não poderá bloqueá-la por enquanto.

Posteriormente, a investigação do FTC pode exigir concessões futuras da Microsoft, como cessão de direitos, como na Europa e Reino Unido, ou até mesmo desfazer a compra. Mas, vale lembrar que uma decisão tão drástica seria pouco provável e levaria a uma luta contra a Microsoft nos tribunais.

Com informações de Xbox Wire, Video Games Chronicle (1 e 2), Eurogamer