Os analistas do mercado financeiro subiram pela sexta semana seguida a previsão para a inflação deste ano, a 4,25%, de acordo com o Relatório Focus desta segunda (26), do Banco Central. A alta, no entanto, ainda está dentro do teto da meta, de 4,5%, mas se distanciando do centro de 3% que a autoridade monetária persegue para começar a baixar a taxa básica de juros – provocando um forte atrito com o governo e aliados.
Por outro lado, a expectativa para o crescimento do país, calculado pelo PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todos os bens e serviços produzidos), também segue em alta e alcança 2,43%. Este é o segundo aumento previsto pelo mercado com uma forte alta de 0,2 ponto percentual em apenas uma semana, algo pouco usual nas projeções.
O mercado financeiro também elevou a expectativa para o câmbio do dólar pela segunda semana, a R$ 5,32 ao final deste ano. A alta, no entanto, foi pequena, de apenas R$ 0,01 na comparação com a semana passada e de R$ 0,02 há um mês. Veja o relatório completo aqui.
Apesar da expectativa de terminar o ano a R$ 5,32, o dólar tem oscilado nas últimas semanas por conta principalmente da conjuntura econômica internacional nos Estados Unidos e na China. Nesta segunda (26), a moeda do país norte-americano abriu a R$ 5,50 e, em cerca de meia hora, caiu para R$ 5,47.
Já a expectativa pela taxa básica de juros se mantém na previsão de ser mantida em 10,5% neste ano e diminuir 0,5 ponto percentual em 2025 – chegando a 10%. Uma redução para abaixo desta marca deve ocorrer apenas em 2027, com previsão de chegar a 9%.
Com as expectativas do Focus desta segunda (26), as previsões para os próximos anos também foram alteradas. A inflação prevista para 2025 agora é de 3,93% (alta de 0,02 ponto percentual do apurado na semana passada), enquanto que o PIB pode chegar a 1,86%.
Para o dólar, a expectativa é de se manter em R$ 5,30 no ano que vem e ter uma leve queda para R$ 5,25 em 2026.