Menino de 2 anos entra na lista de vítimas de abusos cometidos por fonoaudiólogo

Mãe soube da prisão do profissional e levou o filho à delegacia, desconfiada da mudança de comportamento dele

Fonoaudiólogo Wilson Rabelo Sobrinho foi levado à Depca, na quinta-feira (17)/ (Foto/Arquivo: Henrique Kawaminami)

A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) instaurou mais um inquérito contra o fonoaudiólogo Wilson Nonato Rabelo Sobrinho, 30 anos. desta vez, há indícios de que tenha abuso sexualmente de menino de 2 anos durante as consultas.

O delegado Marcelo Damasceno, adjunto da Depca, disse que, até sexta-feira (18), 17 crianças prestaram depoimento à polícia, todos pacientes do fonoaudiólogo.

A mãe do menino soube da prisão de Sobrinho e foi à polícia, por achar que havia indícios de que o filho tenha sido uma das vítimas. “Ele não queria fazer o tratamento, não queria entrar na sala do profissional”, listou o delegado.

O menino foi atendido pela equipe psicossocial para prestar depoimento especial e os indícios são de que houve abuso sexual. A polícia pediu exame de corpo de delito por precaução, para verificar se há indícios físicos desse estupro.

A investigação apurou até agora que os alvos preferidos de Sobrinho eram meninos, de até 8 anos, com dificuldade de fala. Os pais eram proibidos de entrar na sessão.

Até agora, foram cinco inquéritos instaurados. As vítimas são meninos de 4, 5 e 8 anos (dois deles) – têm dificuldades severas de se comunicar, alguns deles não conseguem, por exemplo, formular frase completa.

No dia 9 de março, o flagrante armado pela mãe de um paciente revelou para a Polícia Civil a série de abusos sexuais contra crianças que aconteciam há cerca de um ano.

O fonoaudiólogo passou a atender na clínica a partir do dia 12 de abril de 2021 até 9 de março deste ano, quando foi preso em flagrante. Na lista de pacientes, cerca de 200 crianças, 75 somente este ano.

Na semana passada, a informação é que todos os pais serão convocados para que os filhos prestem depoimento e, assim, identificar a extensão dos crimes cometidos pelo fonoaudiólogo.

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