Melhor que Google? Estudante cria inteligência artificial 'rival' do buscador

Um estudante de medicina criou um chatbot de inteligência artificial (IA) para ajudar pessoas leigas com questões relacionadas à saúde. Ian Soh, um britânico de 22 anos que está no penúltimo ano do curso, garante que o software é capaz de oferecer informações mais precisas e até mesmo mais confiáveis que o Google — porém, em testes conduzidos pelo tabloide britânico DailyMail, o robô criado pelo rapaz forneceu respostas incorretas e afirmou que pessoas com o sistema reprodutor masculino podem ter câncer de útero. A seguir, entenda como funciona a tecnologia.

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1 de 1 Estudante de medicina cria chatbot de IA de saúde para ‘rivalizar’ com o Google; veja como funciona — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Estudante de medicina cria chatbot de IA de saúde para ‘rivalizar’ com o Google; veja como funciona — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

O robô criado pelo rapaz foi apelidado de BTRU — pronuncia-se “better you” (ou “você melhor”, em tradução para o português) — e funciona de maneira semelhante ao ChatGPT. Sua base de dados usa informações de sites como a Organização Mundial de Saúde (OMS) para oferecer respostas mais “confiáveis”, mas especialistas no assunto consultados pelo DailyMail garantem que o software não é capaz de substituir uma visita ao médico. O programa, inclusive, pode fornecer informações incorretas e gerar ansiedade em alguns pacientes, destacam.

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É fato que muitas pessoas utilizam o Google para pesquisar por sintomas e identificar possíveis doenças, e a proposta de Soh seria criar um software capaz de fornecer respostas mais assertivas e fundamentadas. “Acredito em uma época em que as pessoas podem assumir o controle de sua saúde, encontrar informações confiáveis e entender [sobre] sua saúde, independentemente de sua origem”, disse o estudante ao site.

No entanto, em testes conduzidos pelo DailyMail, o BTRU afirmou, erroneamente, que pessoas com o sistema reprodutor masculino podem ter câncer de útero se tiverem altos níveis de estrogênio no corpo. A plataforma, inclusive, listou quais seriam os possíveis sintomas da doença, que incluiriam sangramentos vaginais e cólicas, por exemplo.

Para a médica ginecologista Semiya Aziz, o software de Soh não foi capaz de compreender a terminologia “homens” e, por isso, gerou a resposta incorreta. Além disso, para ela, programas de inteligência artificial podem criar uma “ansiedade desnecessária” em indivíduos que não podem se consultar com um especialista, o que pode impactar negativamente sua saúde mental.

Vale destacar que, apesar da resposta imprecisa sobre a possibilidade de indivíduos do sexo masculino desenvolverem câncer de útero, o chatbot do estudante foi capaz de afirmar corretamente que pessoas com o órgão reprodutor masculino não podem engravidar e nem passar pela menopausa.

Com informações de DailyMail

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