7 jogos de NES que fizeram muito sucesso no Japão e você não conhece

A maioria dos consoles clássicos sempre contava com aqueles jogos que eram lançados no Japão, mas não recebiam suas versões para o público ocidental. O NES, popularmente conhecido como “Nintendinho” no Brasil, poderia ter recebido uma biblioteca ainda mais vasta se diversos jogos do Famicom, como é chamado o videogame no Japão, tivessem chegado ao ocidente. Por sinal, o sistema completou 40 anos de lançamento no último sábado (15), e esse é um bom momento para lembrar de alguns jogos excelentes que permaneceram como exclusivos na época. Confira a seguir.

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2 de 9 Veja jogos de Famicom que ficaram limitados ao mercado japonês — Foto: Divulgação/Konami

Veja jogos de Famicom que ficaram limitados ao mercado japonês — Foto: Divulgação/Konami

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Wai Wai World foi um game da Konami que uniu diversos personagens conhecidos da para encarar desafios de plataformas e até jogos de nave. O título foi lançado em 1977 no Japão e foi um dos precursores dos famosos crossovers no mundo dos videogames, como é visto em títulos como The King of Fighters, Marvel vs Capcom e Super Smash Bros. Ultimate. Era possível encontrar personagens muito populares, como Simon Belmont, de Castlevania, e Goemon, da franquia Ganbare Goemon.

A ideia deu tão certo que Wai Wai World 2: SOS!! Parsley Jou foi lançado em 1991, levando uma experiência ainda melhor do que seu antecessor. A Konami também aproveitou de outras marcas que já havia trabalhado anteriormente e levou nomes como King Kong e Mike Walsh, protagonista do filme “Os Goonies”, para compor o seu elenco.

3 de 9 Wai Wai World é um ótimo crossover envolvendo franquias da Konami — Foto: Divulgação/Konami

Wai Wai World é um ótimo crossover envolvendo franquias da Konami — Foto: Divulgação/Konami

Gradius II foi lançado em 1988, mas apenas no Japão. Sua franquia é tida como uma das mais importantes para o gênero de jogos de nave, conhecido como “shooter” ou “shoot’em up”. Seu primeiro game, desenvolvido pela Konami em 1985, trouxe algumas inovações que concediam liberdade para o jogador elaborar diferentes estratégias com a nave espacial “Vic Viper” para cada um dos estágios. Além de servir como base para outros títulos, a saga foi lançada para um número grande de plataformas e pôde ser apresentada ao redor do mundo. No entanto, esse não foi o caso de sua sequência.

O segundo jogo apresentou muitas melhorias em relação ao Gradius, como as novas formas de configurar suas armas, novos desafios e as otimizações gráficas e de sons realizadas graças a um chip especial no cartucho. Por sinal, acredita-se que esse tenha sido a causa do título não chegar ao ocidente, já que o jogo não era tão popular fora do Japão e esta tecnologia tinha um alto custo na época. Gradius II só sairia do país asiático ao ser lançado em 2006 pela PlayStation Network na Gradius Collection para PlayStation Portable (PSP).

4 de 9 Gradius II não chegou ao ocidente por conta dos custos do chip special, que não valeria a pena devido à popularidade do game na região não ser tão grande quanto no Japão — Foto: Divulgação/Konami

Gradius II não chegou ao ocidente por conta dos custos do chip special, que não valeria a pena devido à popularidade do game na região não ser tão grande quanto no Japão — Foto: Divulgação/Konami

Mother é, na realidade, um antecessor de EarthBound (1995), jogo conhecido principalmente entre aqueles que tiveram um Super Nintendo ou jogaram Super Smash Bros., onde é possível jogar com o protagonista Ness. O game original foi lançado seis anos antes para o Famicon e permaneceria exclusivo no Japão por muito tempo. Não à toa, EarthBound era conhecido no país como Mother 2: Gīgu no Gyakushū.

Em resumo, Mother é um RPG desenvolvido pela Nintendo que se inspirou bastante na franquia Dragon Quest, da Square Enix, mas colocando a história em um contexto mais contemporâneo. Apesar de criticado por sua dificuldade exagerada, o game foi um grande sucesso no Japão, o que não foi o bastante para o ocidente receber o jogo na época. Foi apenas em 2015, com o nome EarthBound Beginnings, que o game chegou oficialmente ao Virtual Console do Nintendo Wii U.

5 de 9 EarthBound Beginnings, o primeiro jogo da franquia da Nintendo, só apareceu no ocidente pelo Virtual Console do Nintendo Wii U — Foto: Divulgação/Nintendo

EarthBound Beginnings, o primeiro jogo da franquia da Nintendo, só apareceu no ocidente pelo Virtual Console do Nintendo Wii U — Foto: Divulgação/Nintendo

New Ghostbusters II é um game baseado em “Os Caça-Fantasmas”, lançado exclusivamente para o Japão em 1990 e desenvolvido pela HAL Laboratory. Seu caso é um pouco diferente, já que cerca de dois anos depois a Europa recebeu uma versão do jogo para o sistema de transmissão PAL. Entretanto, o título nunca chegou ao mercado norte-americano. A razão se deu porque a Activision tinha os direitos do filme na época, impossibilitando que o jogo pudesse chegar ao ocidente com o sistema de transmissão NTSC.

Vale ressaltar que os Estados Unidos receberam o Ghostbusters II, desenvolvido pela Imagineering, mas que foi criticado na época principalmente por seus péssimos gráficos e pouca inspiração. Muito diferente de New Ghostbusters II, que trazia uma ideia bem mais divertida e original, onde o objetivo era colocar os fantasmas em armadilhas antes tempo limite, sendo possível jogar com dois jogadores.

6 de 9 New Ghostbusters II se limitou ao Japão por dois anos, antes de ser lançado na Europa, mas nunca chegou ao mercado norte-americano — Foto: Divulgação/HAL Laboratory

New Ghostbusters II se limitou ao Japão por dois anos, antes de ser lançado na Europa, mas nunca chegou ao mercado norte-americano — Foto: Divulgação/HAL Laboratory

5. Mashin Eiyuuden Wataru Gaiden

É muito comum os jogos de videogame receberem adaptações de animes populares. Contudo, quando certas animações não saem oficialmente do Japão ou demoram muito para serem exportadas, elas não adquirem essa popularidade no ocidente, diminuindo a necessidade do lançamento dessas adaptações. Por conta disso, muitos jogos excelentes de Famicom ficaram apenas pelo Japão e sem chances de rodar o mundo. Um deles é o RPG Mashin Eiyuuden Wataru Gaiden (1990), baseado na obra Mashin Hero Wataru, que foi ao ar na televisão japonesa entre 1988 e 1989.

O game de Famicom apresentava uma gameplay com a visão na perspectiva de cima para baixo. Você controla o protagonista pelo mapa em um estilo semelhante ao que vemos na franquia The Legend of Zelda. Porém, quando se encontra uma batalha, o game gera uma batalha 2D em tempo real e coloca o jogador no controle de uma espécie de mecha. Em cada batalha, você encontra diferentes monstros que concedem experiência, como um bom RPG.

7 de 9 Mashin Eiyuuden Wataru Gaiden traz batalhas em 2D muito interessantes — Foto: Divulgação/Westone

Mashin Eiyuuden Wataru Gaiden traz batalhas em 2D muito interessantes — Foto: Divulgação/Westone

6. Karakuri Kengou Den Musashi Lord: Karakuri Jin Hashiru

Karakuri Kengou Den Musashi Lord: Karakuri Jin Hashiru é outro jogo baseado em uma animação e que ficou “preso” no Japão. Seu enorme título pode ser traduzido como “The Samurai Lord Musashi: Gimmicks on the Run”. O game foi lançado para o Famicom em outubro de 1991 pela Yutaka, que já havia desenvolvido outra adaptação para Game Boy no mês de abril do mesmo ano. Curiosamente, assim como Mashin Eiyuuden Wataru Gaiden, esse título também apresenta samurais robóticos para o jogador controlar na jogatina.

A Yutaka claramente se inspirou na franquia The Legend of Zelda, sendo um RPG de ação com visão superior e batalhas ocorrendo em tempo real no próprio mapa. A principal diferença para a franquia da Nintendo está na ênfase maior aos elementos de RPG, tais como mecânica de “level up”, que aumentam características como vida, força, defesa e velocidade, e mais opções de equipamentos para o protagonista utilizar.

8 de 9 Karakuri Kengou Den Musashi Lord: Karakuri Jin Hashiru é uma espécie de The Legend of Zelda, mas com mais ênfase no gênero RPG — Foto: Reprodução/Gamerant

Karakuri Kengou Den Musashi Lord: Karakuri Jin Hashiru é uma espécie de The Legend of Zelda, mas com mais ênfase no gênero RPG — Foto: Reprodução/Gamerant

Holy Diver é um jogo para os amantes do heavy metal clássico. Seu título é o mesmo do álbum de estreia da banda “Dio”, do vocalista Ronnie James Dio, conhecido também por substituir Ozzy Osbourne na banda Black Sabbath. O álbum foi lançado em 1983, enquanto o jogo Holy Diver, desenvolvido pela Irem, chegou ao Famicom em 1989. Inclusive, a história é inspirada em uma música de mesmo nome do álbum, assim como os personagens: o protagonista Randy (Ronnie James Dio) e seus parceiros Ozzy (Ozzy Osbourne) e Zakk (inspirado no guitarrista Zakk Wylde).

O jogo visivelmente bebe da mesma fonte de Castlevania, da Konami. A diferença está em Randy utilizar de bolas de fogo e outras magias para atacar, em vez de empunhar um chicote. Vale destacar também que se você achava os Castlevania de NES difíceis, saiba que Holy Diver é uma aventura muito mais brutal. Tanto que podemos equipará-lo em dificuldade a outros clássicos de Nintendinho, como Battletoads e Silver Surfer. O game da Irem ficou limitado ao mercado japonês até 2018, ano em que a empresa Retro-bit lançou o game mundialmente com uma edição especial.

9 de 9 Holy Diver possui uma temática heavy metal e toda uma inspiração nos Castlevania de NES — Foto: Divulgação/Irem

Holy Diver possui uma temática heavy metal e toda uma inspiração nos Castlevania de NES — Foto: Divulgação/Irem

Com informações de The Gamer e Den of Geek

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