A Apple deve produzir MacBooks com autenticação biométrica facial, aponta nova patente registrada pela empresa. O documento, aprovado pelo Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos nesta terça-feira (15), refere-se a um módulo de autenticação biométrica para permitir o acesso de um usuário a um dispositivo de computação portátil. De acordo com o site especializado Patently Apple, a empresa vem trabalhando na tecnologia desde 2018. Acredita-se que o recurso deve ter funcionamento semelhante ao Face ID, já presente em iPhones e iPads.
A patente revela que o módulo de reconhecimento facial funciona através de um projetor, localizado no notch — entalhe onde fica a câmera — do notebook, capaz de emitir um padrão predeterminado de luz em direção à pessoa que está em frente ao monitor. Conforme o padrão de luz atinge a superfície do rosto do usuário, a luz é refletida de volta ao módulo de reconhecimento de padrões luminosos em vários ângulos de incidência.
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Os notebooks da Apple já contam com o recurso de autenticação biométrica Touch ID, e a nova função seria uma forma adicional de fornecer segurança para os dados do usuário. No pedido de registro da patente, a empresa enfatiza o quão importante é para um notebook permanecer seguro e protegido. De acordo com a companhia, “para impedir que usuários não autorizados acessem dados confidenciais, esses dispositivos de computação podem incorporar sistemas e mecanismos para autenticação de usuários”.
Apesar da aprovação do documento, a implementação do recurso pode ainda estar distante. Como destaca o site 9to5Mac, o mecanismo usado para o Face ID presente no iPhone e no iPad é relativamente volumoso, por isso, a Apple terá de adaptar a tecnologia para que caiba na tampa fina do MacBook, mantendo o mesmo nível de eficácia.
Já existem funcionalidades semelhantes à descrita pela patente no mercado, como o Windows Hello, da Microsoft — que tem um grau de segurança inferior ao sistema da Apple. No entanto, a maioria das aplicações acontece em notebooks 2 em 1, que contam com uma tela mais grossa.
A patente demonstra que a Apple pretende expandir o Face ID para outros produtos, apesar de executivos da empresa terem declarado, em entrevista de 2021 ao The Wall Street Journal, que a função não seria implementada. A maior parte do documento versa sobre um dispositivo similar ao MacBook, mas uma ilustração da patente retrata um monitor semelhante ao iMac, o que pode indicar que a função deve estar presente também em desktops.
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