Luzes brilham no céu dos EUA após reentrada de lixo espacial
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Luzes brilharam no céu dos estados da Califórnia e Oregon nos Estados Unidos na última sexta-feira (17), intrigando moradores locais e rendendo especulações sobre possíveis visitas de seres alienígenas. Para especialistas, o fenômeno tem explicação, e parece ter sido causado pela reentrada descontrolada de um fragmento de lixo espacial.
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Jaime Hernandez estava em uma festa na Califórnia com amigos, até que alguns deles notaram as luzes; segundo ele, o fenômeno durou cerca de 40 segundos. “Ficamos em choque, mas maravilhados por termos conseguido ver”, disse. “Ninguém nunca viu nada assim”, finalizou.
Ele publicou o vídeo em seu perfil no Instagram, em busca de alguém que pudesse esclarecer o ocorrido. Confira:
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Para Jonathan McDowell, astrônomo do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, não há mistério: em entrevista, ele afirmou ter 99% de confiança de que as luzes no céu foram causadas por lixo espacial que reentrou na atmosfera terrestre e acabou queimado durante a passagem.
Segundo ele, o objeto em questão era um equipamento de comunicação do Japão, que transmitia informações da Estação Espacial Internacional para um satélite de comunicação e, depois, para a Terra. Ele foi lançado em 2009 durante uma missão de um ônibus espacial, mas foi aposentado em 2017 porque o satélite finalizou suas operações.
“Este é o ICS-EF, um pacote de comunicação para envio de dados entre o módulo Kibo, da Estação espaciual Internacional, e do Centro de Controle de Missão Tsukuba”, disse ele, em um tuíte pulicado no sábado (18). Já em 2020, o dispositivo foi removido da estação em função do espaço que ocupava.
This is ICS-EF, a Japanese communications package for sending data between the ISS Kibo module and Mission Control Tsukuba via the Kodama data relay satellite. It was launched to the ISS on the Space Shuttle in 2009 and had a mass of 310 kg. pic.twitter.com/ygzHdmfQc0
— Jonathan McDowell (@planet4589) March 18, 2023
De acordo com McDowell, a órbita do objeto foi diminuindo ao longo dos últimos anos, até que ele ficou baixo o suficiente para a reentrada. “O que você está vendo são, na verdade, pequenos objetos liberando muita energia e muito alto, viajando extremamente rápido”, explicou. Ele estima que o objeto se movia a mais de 20 mil km/h e, como realizou uma reentrada descontrolada, é difícil prever onde os destroços podem cair; mesmo assim, pode haver fragmentos na região do Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia.
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