O match do voto : candidato usa o Tinder para fisgar eleitores

O candidato a deputado estadual pelo PSD, no Mato Grosso do Sul, André Lacerda (27 anos), criou um perfil eleitoral no Tinder para conseguir votos.  

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Apesar da plataforma servir para encontros amorosos, André diz que usar o aplicativo para fins políticos está dando certo.  

Ao Olhar Digital, o candidato que vai disputar uma eleição pela primeira vez, disse que a campanha dele precisava chegar a mais pessoas, pois ele não é muito conhecido no estado, foi aí que assessores decidiram usar com empenho todas as plataformas digitais.  

Só que o uso do Tinder tem uma estratégia. 

“Todas as outras redes usam uma mecânica de distribuição “dentro da bolha”, já o Tinder nos leva para pessoas que não nos conhecem e nem têm contato próximo. Isso é o que garante a eficiência política da ferramenta”, explicou André. 

Segundo a responsável pela inteligência da campanha, a estratégia também serviu para conhecer o funcionamento da rede. 

“O propósito dele ao entrar na plataforma, não foi buscar relacionamentos amorosos, mas entender como algoritmos de aplicativos como este afetam a sociabilização de jovens e adultos sul-mato-grossenses nos tempos contemporâneos”, explicou a assessora Aline Balta.  

Outro aspecto que levou o candidato ao Tinder é a principal pauta que ele defende, a tecnologia. 

“Como a nossa pauta é a tecnologia e modernização dos serviços públicos, surgiu a ideia de investir em campanha digital e encontrar pessoas que usam da tecnologia como ferramenta de qualidade de vida, em todas as áreas. Aí decidimos abrir nossa campanha para todas as redes sociais. O Tinder não ficou de fora por essa mecânica de entrega de conteúdo que é único dele, além de ser muito usado por um dos públicos-alvo nossos, pessoas que acreditam na tecnologia como facilitação e ampliação da qualidade de vida’, explicou o candidato.

E parece que a estratégia está indo bem. A direção da campanha não tem um levantamento de quantos “macthes” já foram dados,  mas quando eles acontecem, imediatamente o candidato apresenta as outras redes sociais dele, com mais detalhes das propostas. André chega a se encontrar pessoalmente com pessoas que ele conhece pelo App e fisga todos como eleitores.  

Mas você deve estar se perguntando : o candidato é solteiro ou casado?

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Ele é solteiro!  

André já tinha feito uso do Tinder em outro momento, pela proposta real do App, mas cancelou e voltou agora com o perfil político.  

Perguntamos se o público não confunde a proposta eleitoral e parte para a paquera.  

“Não tivemos nenhum problema com isso! O perfil nosso está bem caracterizado e regularizado, no TRE inclusive, como sendo um perfil eleitoral. O legal é que algumas pessoas além de gostar das propostas e seguir nas redes sociais, engajaram mesmo na campanha, compartilhando nossas ideias e apoiando esse jeito moderno de fazer política”, explicou. 

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Fonte: Olhar Digital

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