Nesta terça-feira, 25 de outubro, celebra-se o Dia Municipal de Conscientização da Mielomeningocele, com objetivo de dar visibilidade à população sobre essa malformação congênita da coluna vertebral, que acomete os fetos entre o 18 e 21 dias de gestação. A Lei Municipal 9.346/19, de autoria do vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, busca informar quanto a necessidade de um diagnóstico precoce e acesso a tratamento especializado.
As causas da Mielomeningocele ainda não estão totalmente esclarecidas, porém a deficiência ácido fólico ou vitamina B9, responsável pela formação do cérebro e tubo neural, parece estar relacionada à ocorrência da Mielomeningocele, a forma mais grave dentre os tipos de Espinha Bífida. Na sessão ordinária desta terça-feira, dia 25, o vereador Dr. Jamal recordou a data e falou sobre essa medida preventiva.
“É uma má-formação do sistema nervoso central, mais conhecida como espinha bífida. Pode estar associada a falta da suplementação com ácido fólico antes e durante a gestação, associada a dieta regular com alimentos ricos em vitamina B9”, afirmou o vereador, lembrando da existência de vários casos diagnosticados em Campo Grande. É recomendável o uso de ácido fólico pelo menos três meses antes de engravidar como forma preventiva.
Sobre a Mielomeningocele – Outubro também é conhecido como o mês de conscientização da Espinha Bífida e Hidrocefalia. A Espinha Bífida é uma malformação que ocorre durante o desenvolvimento do feto nas primeiras semanas de gestação. Sua característica principal é a não fusão (disrafismo) de uma ou mais vértebras da coluna, podendo expor o seu conteúdo, tais como medula, meninges e nervos. Dependendo da extensão da lesão, as sequelas podem ser de leves a graves.
Cynthia Lescreck, mãe do Matheus Henrique, de 4 anos, nascido com Lipomielomeningocele (um dos tipos de espinha bífida) fala sobre a importância de divulgar essa malformação para iniciar o tratamento preventivo e a sua descoberta precoce, na gestação. O exame capaz de identificar a malformação é a ultrassonografia morfológica. Durante o pré-natal, é necessário que o obstetra faça a solicitação. Dependendo do tempo de gestação (antes das 27ª semanas), é possível realizar uma cirurgia intrauterina para correção da malformação. A gestante deve procurar orientação médica para verificar a possibilidade.
“Essa cirurgia tem sido a melhor escolha para o tratamento da Mielomeningocele, pois reduz consideravelmente as sequelas da malformação”, esclarece. Caso seja diagnosticada após às 27 semanas, a gestante deve buscar ajuda especializada e, além do obstetra, ter o acompanhamento de um neurocirurgião pediátrico para que seja realizada a cirurgia de correção nas primeiras horas de vida do bebê, caso necessário.
As sequelas dependem muito da localização e extensão da lesão, podendo ser leves ou mais graves. Exemplos: bexiga neurogênica, intestino neurogênico, hidrocefalia, pé torto congênito, síndrome de Arnold Chiari II, alterações motoras, entre outros.
“É necessário acompanhamento de vários especialistas durante toda a vida”, explica Cynthia, que é uma das representantes da ABSAM (Associação Brasileira Superando a Mielomeningocele) em Campo Grande e também faz parte do grupo de Mães e Mielos de Mato Grosso do Sul.
Para saber mais sobre o grupo é possível entrar em contato com Cynthia pelo whatsapp (67) 99139-5335.
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal