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Kimberlito: eis por que diamantes irrompem das profundezas da Terra

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Kimberlito: eis por que diamantes irrompem das profundezas da Terra
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Um estudo publicado na revista Nature na última quarta-feira (26) explicou por que os diamantes irrompem das profundezas da Terra. Na prática, o artigo lança luz sobre os processos que causam as raras erupções e onde é mais provável encontrar depósitos ricos em diamantes.

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A equipe internacional analisou dados históricos sobre placas continentais e kimberlitos (as rochas com diamantes ejetadas pelas erupções). Com base nessas análises foi possível descobrir que a maioria das erupções de kimberlito aconteceu cerca de 25 milhões de anos depois que as placas continentais se separaram.

Os pesquisadores também notaram que as primeiras erupções de kimberlito que aconteceram após a quebra das placas continentais estavam perto das bordas dessas placas, com erupções posteriores ocorrendo cada vez mais no meio da placa.


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Mistério dos diamantes

Segundo o estudo, o processo começa quando as placas continentais são esticadas no momento em que começam a se separar. Esse rompimento faz com que a rocha fique mais fina e interrompa o fluxo normal de material no manto da Terra, a camada diretamente abaixo.

 

A ruptura no manto é poderosa o suficiente para quebrar pedaços de rocha da base da placa continental. Essas rochas estão sob uma pressão tão grande que, ao longo de centenas de milhões de anos, os depósitos de carbono podem mudar de estrutura para formar diamantes.

O estudo revela, ainda, que conforme os pedaços de rocha afundam no manto, eles geram fluxos que se espalham para fora, removendo camadas de rocha com dezenas de quilômetros de espessura do fundo da placa acima.

Magma de kimberlito com diamantes

De acordo com os autores do estudo, essa espécie de efeito dominó reúne todos os ingredientes necessários para produzir magma de kimberlito com diamantes. Uma vez que temos um derretimento suficiente se formando, ele sobe rapidamente e explode através da crosta como uma poderosa erupção.

“Sabemos onde, quando e por que os kimberlitos estão se formando e isso é muito útil para a exploração. Sabemos os eventos necessários para desencadear esse efeito dominó e, juntando os pontos, podemos atingir as áreas que mais prometem a presença de diamantes em primeiro lugar”, afirmam os pesquisadores, em entrevista ao The Guardian.

Leia a matéria no Canaltech.

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