Um estudo publicado recentemente na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society descreve a descoberta de aglomerados estelares quase tão antigos quanto o próprio Universo – que só foi possível graças aos dados coletados pelo Telescópio Espacial James Webb.
Com a ajuda de uma ferramenta natural de ampliação, as chamadas lentes gravitacionais, os astrônomos conseguiram observar os primeiros estágios da formação de galáxias em uma época em que o Universo tinha menos de um bilhão de anos.
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Dá-se o nome de lente gravitacional ao efeito causado pela curvatura da luz nas proximidades de objetos extremamente massivos, como buracos negros ou, nesse caso, enormes aglomerados de galáxias.
Aproveitando o efeito de ampliação do aglomerado SMACS 0723, que está a 4,6 bilhões de anos-luz de distância da Terra, os cientistas puderam ver galáxias ainda mais distantes ao fundo.
A imagem do aglomerado SMACS 0723 usada neste estudo foi uma das primeiras imagens obtidas pelo Webb a ser divulgada ao público, em 12 de julho de 2022.
Ela revela várias dessas galáxias de fundo ampliadas, a mais antiga das quais tem mais de 13 bilhões de anos – que os astrônomos estimam ter se formado apenas cerca de 680 milhões de anos após o Big Bang.
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Dentro e ao redor dessas galáxias antigas, os cientistas encontraram aglomerados de estrelas, uma espécie de embriões galácticos, que representam os primeiros estágios da formação de galáxias e revelam como elas evoluíram e cresceram nas primeiras centenas de milhões de anos após o nascimento do Universo.
“As imagens do Telescópio Espacial James Webb mostram que agora podemos detectar estruturas muito pequenas dentro de galáxias muito distantes e que podemos ver esses aglomerados em muitas dessas galáxias”, disse Angela Adamo, astrônoma da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e uma das principais autoras do estudo, em um comunicado. “O telescópio é um divisor de águas para todo o campo de pesquisa e nos ajuda a entender como as galáxias se formam e evoluem”.
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Fonte: Olhar Digital